É verdade que acho uma profunda idiotice a ideia de crescer através do crescimento. Apesar de concordar que o clássico e banal "o que não nos mata torna-nos mais fortes", ainda assim prefiro não chegar às portas da morte para aprender o que quer que seja e prefiro não sofrer para, em teoria, dar mais valor às coisas.
Apesar de tudo isso, tenho um papel para a dor. Não para aquela que torna a experiência verdadeiramente dolorosa mas aquela que impede que ela seja demasiado doce. Um bocado como o papel da lima na caipirinha ou da canela no café. Algo parecido com as unhadas nas costas aquando do sexo ou do frio que ataca quando nos descobrimos.
A lima corta o açucar e impede o enjoo.
A canela impede que se perca toda a amrgura do café.
As unhadas mostram que alguém está lá e que precisa de sentir pele para saber que não está a sonhar.
O frio dá uma desculpa para não sair de casa e aproveitar a companhia.
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