Tenho uma relação relativamente difícil com o meu nome.
A primeira dificuldade que encontrei foi o facto de não o ter escolhido. É verdade que houve uma enorme sagacidade na sua escolha (etimologicamente fica-me bem, apesar de tal ter sido manifestamente acidental) mas gosto pouco que me imponham o que quer que seja e o meu nome foi-me imposto.
A segunda dificuldade é que, curiosamente, nunca foi extensivamente usado. Contrariamente ao normal, são os meus familiares mais próximos que me tratam pelo nome. Menos curiosamente, também profissionalmente sou tratado pelo meu nome mas a quase generalidade das outras pessoas com quem convivo usam outra forma de me tratar.
Como se constata, por exemplo, deste blog, não uso o meu nome. Não é caso virgem e, na verdade, uso mais alguns heterónimos e alguns outros lugares. Não serve apenas como escudo para a minha vida privada (apesar de também servir para isso), é uma forma de me assumir como sou despido e, para esse efeito, o nome que me deram não serve.
Deverei, contudo, assumir que já tive de controlar uma avalanche de outras pessoas que são todas elas eu, uma quantidade bastante assinalável de ramificações que me começaram a confundir.
Eu sou todos mas quando esses todos se juntam chego a perder-me.
A primeira dificuldade que encontrei foi o facto de não o ter escolhido. É verdade que houve uma enorme sagacidade na sua escolha (etimologicamente fica-me bem, apesar de tal ter sido manifestamente acidental) mas gosto pouco que me imponham o que quer que seja e o meu nome foi-me imposto.
A segunda dificuldade é que, curiosamente, nunca foi extensivamente usado. Contrariamente ao normal, são os meus familiares mais próximos que me tratam pelo nome. Menos curiosamente, também profissionalmente sou tratado pelo meu nome mas a quase generalidade das outras pessoas com quem convivo usam outra forma de me tratar.
Como se constata, por exemplo, deste blog, não uso o meu nome. Não é caso virgem e, na verdade, uso mais alguns heterónimos e alguns outros lugares. Não serve apenas como escudo para a minha vida privada (apesar de também servir para isso), é uma forma de me assumir como sou despido e, para esse efeito, o nome que me deram não serve.
Deverei, contudo, assumir que já tive de controlar uma avalanche de outras pessoas que são todas elas eu, uma quantidade bastante assinalável de ramificações que me começaram a confundir.
Eu sou todos mas quando esses todos se juntam chego a perder-me.
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