Quem mais próximo do impossível chegou foi Lucky Luke; é mais rápido do que a própria sombra mas, ainda assim, não a consegue despistar. Sim, será uma pequena vitória quando comparada com o objectivo final, contudo é mais do que qualquer um de nós consegue fazer.
Perante a impossibilidade da fuga, temos algumas teses de como lidar com o que nos persegue todos os dias da nossa vida.
Se pensarmos em tempos idos chegamos à conclusão de que a superação será a resposta. O iluminismo fala-nos da constante evolução, do ultrapassar limites que, teoricamente, não existem. Ora, face à impossibilidade de nos evadirmos deveriamos tornar a nossa sombra mais esbelta, mais leve, mais etérea, mais ideal.
Não resultou, como se sabia à partida que não iria resultar. A virtude terá sido a de sermos perseguidos por algo mais bonito e menos incomodativo mas, como a história atesta, muitos dos iluminados terminaram a cortar partes do corpo, na miséria ou no suicídio.
Afinal de contas, de tanto modelar, aperfeiçoar e desenvolver o que se conseguiu foi saber mais sobre a sombra e, quanto mais se sabe, mais escura ela é.
Hoje, se ligarmos a televisão, somos confrontados com uma outra teoria. Teoria essa que nada mais é do que parva.
Desde os talk shows até aos artigos de opinião a linha dominante é a de nos aceitarmos. Tornarmo-nos confortáveis connosco mas...uns segundos depois, para isso acontecer, temos de plantar árvores, emagrecer, ser vegetarianos, amar todos os animais (incluindo ratos e baratas) e ser tolerantes com o próximo (ainda que, a esse mesmo próximo, apontemos todos os defeitos de que nos lembramos para que, dessa forma, lhe seja difícil aceitar-se a ele mesmo).
Se os iluministas eram iludidos estes de agora são só parvos.
Solução?
Bem, se a tivesse escreveria um best seller e, sem dúvida, ainda receberia, por atacado, um Nobel.
Para quem vê de fora, a minha atitude quando ao meu convívio com a minha sombra não mudou: a minha sombra é parte de mim e, por isso, está o mais perto da perfeição possível.
Interiormente, contudo, já mudei algumas vezes de atitude. Neste momento, começo a tolerá-la mas, há uns 3 ou 4 dias, odiava-a e, por isso, odiava-me.
Se pudesse, em muitos momentos da minha vida, escolheria noites de lua nova para viver. Era a maneira de resolver o problema.
Perante a impossibilidade da fuga, temos algumas teses de como lidar com o que nos persegue todos os dias da nossa vida.
Se pensarmos em tempos idos chegamos à conclusão de que a superação será a resposta. O iluminismo fala-nos da constante evolução, do ultrapassar limites que, teoricamente, não existem. Ora, face à impossibilidade de nos evadirmos deveriamos tornar a nossa sombra mais esbelta, mais leve, mais etérea, mais ideal.
Não resultou, como se sabia à partida que não iria resultar. A virtude terá sido a de sermos perseguidos por algo mais bonito e menos incomodativo mas, como a história atesta, muitos dos iluminados terminaram a cortar partes do corpo, na miséria ou no suicídio.
Afinal de contas, de tanto modelar, aperfeiçoar e desenvolver o que se conseguiu foi saber mais sobre a sombra e, quanto mais se sabe, mais escura ela é.
Hoje, se ligarmos a televisão, somos confrontados com uma outra teoria. Teoria essa que nada mais é do que parva.
Desde os talk shows até aos artigos de opinião a linha dominante é a de nos aceitarmos. Tornarmo-nos confortáveis connosco mas...uns segundos depois, para isso acontecer, temos de plantar árvores, emagrecer, ser vegetarianos, amar todos os animais (incluindo ratos e baratas) e ser tolerantes com o próximo (ainda que, a esse mesmo próximo, apontemos todos os defeitos de que nos lembramos para que, dessa forma, lhe seja difícil aceitar-se a ele mesmo).
Se os iluministas eram iludidos estes de agora são só parvos.
Solução?
Bem, se a tivesse escreveria um best seller e, sem dúvida, ainda receberia, por atacado, um Nobel.
Para quem vê de fora, a minha atitude quando ao meu convívio com a minha sombra não mudou: a minha sombra é parte de mim e, por isso, está o mais perto da perfeição possível.
Interiormente, contudo, já mudei algumas vezes de atitude. Neste momento, começo a tolerá-la mas, há uns 3 ou 4 dias, odiava-a e, por isso, odiava-me.
Se pudesse, em muitos momentos da minha vida, escolheria noites de lua nova para viver. Era a maneira de resolver o problema.
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