Thursday, May 05, 2011

A maioria das mulheres têm empregnado em si a vontade ou o instinto de maternidade, mesmo aquelas que não querem ser, efectivamente, mães.
Se é verdade que algumas vezes isto me irrita não é menos verdade que a maioria das vezes me enternece.

Ontem fui ver o concerto dos Clã (óptimo, como sempre) e uma das músicas falava do clássico homem (no caso, rapaz) que apenas parecia áspero e agressivo mas que, na verdade, esperava apenas que alguma donzela o viesse acordar deste pesadelo de parecer o que, de facto, não era. É um clássico! Não necessariamente da vida real mas da imaginação colectiva feminina.
Em sequência, uma das minhas amigas achou que essa canção se aplicava a mim. Era e é uma evidência! Afinal, não sou nada do que pareço, sou apenas uma fachada que luta, inconscientemente, para se libertar!
Isto é a maternidade. Esta crença que algo de muito bom mesmo quando apenas se vê penumbra; esta crença de que com o estímulo certo (muitas vezes, da própria, na sua cabeçe) o sol vai furar o céu nublado.

Sabem, queridas, muitas vezes ou a maioria delas se não se vê é porque, de facto, não está lá.

2 Comments:

Blogger ACONTECE said...

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7:03 AM  
Blogger ACONTECE said...

Essa história de maternidade é mais complicada (pelo menos pra mim) do que nos fazem acreditar.
Ando pensando muito nessa ideia, mas ainda não consigo ter certeza, acho que nunca terei.
Talvez a maternidade seja uma dessas viagens que a gente embarca sem ter a menor noção de onde vai dar, por isso acho que tenho tanto medo.
Para uma maluca por controle, a ideia de absoluto descontrole não soa muito bem... rs
Adorei seu blog...
Quanto ao nome do meu, não foi por causa da música de Cartola, mas vou assumir essa ideia porque as poesias cantadas dele tb me agradam muito...
Abraço

7:06 AM  

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