Sapo e Escorpião
Há uma fábula que envolve estes dois animais; o Sapo ajuda o Escorpião e este, depois de ajudado, mata-o. No seu leito da morte o Sapo pergunta ao Escorpião o porquê de o ter morto e o Escorpião responde-lhe que tal faz parte da sua natureza.
É uma boa fábula e explica muitas das consecutivas falhas na nossa personalidade. É de elementar justiça, ainda assim, reconhecer que seremos mais racionais que os animais referidos mas não é de menor justiça que somos, também nós, animais e é milenar a questão que se coloca quanto à possibilidade de mudarmos, todos nós.
Ora, este Sábado encontrei, por acaso, um casal amigo de longa data e a conversa andou por estas bandas. Não se puxou por para esse lado, até porque é um temo algo deprimente para mim, mas a verdade é que desaguou nas vizinhanças.
Porque me deprime?
Tenho algum orgulho em acreditar que me vejo como sou e não como gostaria de ser ou imagino ser (apesar de reconhecer que tal possa não ser verdade mas o facto de estar atento a este tipo de coisas é meio caminho andado) e isso tem uma pequena maldição acoplada: Eu sei o que faço de mal, sei quando o vou fazer e, ainda assim, há ocasiões em que o não consigo evitar.
Por exemplo, tenho uma enorme dificuldade em confiar e em encarar o fracasso. Não me orgulho, não devia ser assim mas não consigo evitar, pura e simplesmente não consigo.
Estou melhor em ambos os aspectos mas começo a duvidar, ferozmente, que consiga, algum dia, resolver de vez esses problemas.
Chega a ser risível: tento, com bastante afinco, eliminar de mim aquilo que não presta, que me prejudica ou que me impede de ser mais do que o que sou....e como tenho fracassado nisso, fico profundamente irritado.
É uma boa fábula e explica muitas das consecutivas falhas na nossa personalidade. É de elementar justiça, ainda assim, reconhecer que seremos mais racionais que os animais referidos mas não é de menor justiça que somos, também nós, animais e é milenar a questão que se coloca quanto à possibilidade de mudarmos, todos nós.
Ora, este Sábado encontrei, por acaso, um casal amigo de longa data e a conversa andou por estas bandas. Não se puxou por para esse lado, até porque é um temo algo deprimente para mim, mas a verdade é que desaguou nas vizinhanças.
Porque me deprime?
Tenho algum orgulho em acreditar que me vejo como sou e não como gostaria de ser ou imagino ser (apesar de reconhecer que tal possa não ser verdade mas o facto de estar atento a este tipo de coisas é meio caminho andado) e isso tem uma pequena maldição acoplada: Eu sei o que faço de mal, sei quando o vou fazer e, ainda assim, há ocasiões em que o não consigo evitar.
Por exemplo, tenho uma enorme dificuldade em confiar e em encarar o fracasso. Não me orgulho, não devia ser assim mas não consigo evitar, pura e simplesmente não consigo.
Estou melhor em ambos os aspectos mas começo a duvidar, ferozmente, que consiga, algum dia, resolver de vez esses problemas.
Chega a ser risível: tento, com bastante afinco, eliminar de mim aquilo que não presta, que me prejudica ou que me impede de ser mais do que o que sou....e como tenho fracassado nisso, fico profundamente irritado.
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