Tuesday, April 09, 2013

O Ninguém é de Ninguém

Tenho algum receio de me estar a transfomar num Velho do Restelo.
Entrei nas redes sociais quando estas ainda eram muito embrionárias e enchi-me delas. Hoje, nem Twitter nem Facebook nem nada de semelhante. Enchi-me.
Há uns tempos atrás não me fazia nenhuma confusão malhar mulheres casadas ou comprometidas, algum tempo depois disso começou a chatear-me malhar mulheres casadas ou comprometidas caso houvesse filhos na jogada e, hoje em dia, começa a incomodar-me malhar mulheres casadas ou comprometidas tout cours.
Ainda as malho, não se confundam, mas incomoda-me um bocadinho.

Esta coisa que serve de título ao post, o Ninguém é de Ninguém, pode ser muito moderno ou, olhando para a antiguidade, um regresso do que já acontecia.
Num quadro mais alargado e abrangente, é um desvio ao meu romantismo crónico. Não aquele romantismo de mandar flores, mal de que não padeço, mas o romantismo real de que haverá uma coisa chamada Amor e que será perene quando encontrado.

Este fim-de-semana fui sair, o que já não acontecia há algum tempo. Foi até ao sol já ir alto e foi muito divertido.
Nesta saída, dei por mim, certa altura, a ser apalpado e, quando senti a mão a passar em mim, reparei que era uma mulher, uma mulher que me agradou muito (ainda que admita que talvez a cevada fermentada que andei a devorar possa ter ajudado...não sei). Ora, fui apalpado enquanto estava na pista com uma amiga e, para todos os efeitos (e era mesmo verdade) estava no preâmbulo do que viria a acontecer.
Isso incomodou a apalpadora? Não!
A Apalpadora, entretanto, também estava acompanhada e isso não a impediu de apalpar.
Se isso me fez diferença? Nenhuma. As pessoas que se cruzam comigo normalmente são bem mais pequenas que eu, daí o risco ser apanhar ser sempre diminuto, ainda que existente.

Ora, a Apalpadora, quando a confrontei relativamente ao apalpanço, disse-me qualquer coisa como "Não, foi mesmo de propósito. Estamos a perder tempo com estes dois (o amigo dele e a minha amiga) quando podíamos estar a ganhar tempo os dois!!
Não concordei nem deixei de concordar mas fiquei com o número para depois lhe ligar.

Não precisei de esperar muito tempo...
Fui tomar o pequeno almoço e lá estava a Apalpadora e o amigo.
Quando a Apalpadora me viu a ir para a casa de banho seguiu-me e tentou provar-me (sem conseguir, diga-se) que tínhamos, de facto, tempo a ganhar juntos.

Pá...
Sinto-me mal neta época de libertinagem...mas não sou eu quem vai mudar o mundo neste aspecto e, quanto a isso, tenho de me esforçar muito para continuar a acreditar em decência.

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