Tuesday, April 28, 2015

MEDINA CARREIRA

Há pessoas que evito por terem características parecidas com as minhas, particularmente as que são parecidas com as minhas que me desagradam. Poderia desfiar um rol delas, conhecidas e desconhecidas, que têm em comum não só o que acabei de dizer mas o facto de não as achar más pessoas porque sei que muitas vezes me incomoda o que vejo nelas.

O Medina Carreira tem algo disso, daí evitar ver o programa dele mas, volta e meia, preciso do contacto com a minha cena analítica e utilitarista, que tem muito de existencialista, também.
Ontem, e como de costume, a coisa foi simples, como é: meus amigos, o pessoal não quer fazer isto nem aquilo mas é o que vai ter de fazer. Para se cortar muito corta-se no 80% especialmente quando o 20% não serve e, em termos gerais, fodam-se.
Disse o mesmo que penso e pensava do Varoufakis (acho que é assim que se escreve), que era um gajo que só queria protagonismo onde se não deve ter sede disso mesmo. Infelizmente, esta apreciação, a dele e a minha, vai de encontra a uma coisa que muito me incomoda que se prende com o lobo e vestir-lhe a pele: este Varoufakis comprova que um ministro das finanças não deve andar de casaco de couro porque o facto de querer e não de usar um casaco de couro faz muita diferença.

O meu problema com este meu lado não é que o quisesse eliminar mas gostaria de o moderar. Gostava de ver menos a solução e depois ir em seu encontro com qualquer dor que o percurso implique e deixando, quando necessário, corpos estendidos pelo chão.

A verdade dói e eu sou mau a evitá-la.

COISAS ESQUISITAS

Tema recorrente.
É comum estranhar-se que comportamentos se alterem. 
Porque estás a fazer isso é uma pergunta muito mais que legítima. O que é mais esquisito é que se diga o motivo da alteração do comportamento, esse motivo ser - em tese - bom e elogioso para quem essa alteração sofreu e, ainda assim, a estranheza e desconforto se não altere.

Há uma coisa que eu percebo: a diferença em querer o que se tem e continuar a querer depois de se ter. Entendo-a, apesar de não ser uma maleita que me apoquente. Normalmente, ainda que não sempre, quando quero não costuma ser capricho porque não tenho muita paciência para querer por querer, se bem que tal possa parecer muitas vezes.

ARTE

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