A CENA DA MONTANHA
Não me lembro qual o filósofo Grego (e acho que era Grego), que disse que o gajo que acha que a montanha mais alta do mundo é a montanha que viu é estúpido e estúpido será, de facto.
Coisa parecida mas ainda assim diferente é, imaginem, o gajo que anda a tentar escalar a maior montanha do Mundo e fá-lo mas, depois, descobre que há outra. Este gajo, se for compulsivo como costumam ser este tipo de gajos, não ficará tão satisfeito como estava antes porque o que pensou ter acontecido não aconteceu.
E a minha dúvida é esta: mesmo que o gajo decidisse não subir e, assim, não cumprir o desígnio da sua vida, será que seria o mesmo gajo que era antes de saber que tinha falhado? Gostaria de si da mesma maneira? Admitiria que os outros gostassem de si da mesma maneira?
Eu sei, eu sei, isto é um bocado on drugs demais mas ocorreu-me.
Acho que há um botão que descontinuaram quando nasci, um botão que permite o pronto, assim é suficiente e a coisa é tão assoberbante que de entre as muitas coisas que compreendo nos outros e que são diferentes de mim esta não é uma delas.
Nem todos gostamos do mesmo;
Nem todos podemos ter o mesmo;
Nem todos conseguimos fazer as mesmas coisas;
...agora, saber que há mais e, eventualmente, poder ter mais e ficar pelo menos faz-me uma imensa confusão.
Ah, K, continuas a ser um adolescente...
Não sei, talvez mas muito pra mim é tão pouco...
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