Thursday, January 28, 2016

Será Inteligente?!

(isto não deveria vir para aqui por mais do que um motivo mas se quiser escolher aquele que me irrita menos aqui fica: detesto queixar-me!
acontece que estou um bocadinho irritado)

Por circunstâncias que não em apetecem aprofundar - por um dos motivos não revelados que me deveria levar a evitar aqui vir - o meu humor está esquisito. Preferia dizer que estou de mau-humor mas não estou; preferia dizer que estou com vontade de matar gente mas não estou; preferia dizer que estou com vontade de me embebedar e procurar o primeiro buraco para fingir que é uma trincheira mas não estou.
O meu humor está esquisito...entre uma acalmia que precede a tempestade e a preparação para algo que se não quer mas que, hoje, parece difícil de evitar. É esquisito. Não gosto de coisas esquisitas.

De qualquer maneira: sendo raro, este estado de espírito não é único. Dá-se, se bem o percebo, quando permito que se fuja ao que me interessa saber. Ao que me interessa dizer. Ao que considero importante.
Ora, nos casos corriqueiros, quando não se me diz o que me interessa ou o que considero importante deixo estar mas desligo. Nos casos menos corriqueiros tenho mais dificuldade mas não é uma impossibilidade, apenas custa um bocado mais.

- Bem, se conseguiste estar até às X a trabalhar, pelo menos não estás assim tão mal...
- Boca pró barulho?!
(não foi)

- Eh pá, isso não são dias a mais? Não é melhor veres se é mais alguma coisa?
- Para ti são sempre dias a mais...
(não era uma questão egoísta mas ou se projectou egoísmo próprio ou se defendeu)

E esta coisa acaba mais ou menos nisto:
Como é sabido, detesto aproveitamento. Não gosto que se usem as características alheias em benefício próprio. Não gosto que só porque estabeleço prioridades quanto ao assunto a tratar se faça de conta que mais nenhum existe. Não gosto que a minha bondade seja entendida como fraqueza. Não gosto que me façam de parvo. Não gosto de me sentir parvo.

É a história da vítima: quando o idiota do Gustavo Santos diz que a vítima tem culpa porque se põe a jeito não está enganado (dentro de determinados limites) mas não se desculpabiliza a besta que se aproveita da vítima. Não é porque se pode que se deve.
Não é uma má maneira de se transformar um humor esquisito num humor mais comum.

Porque isto está esquisito e não quero dúvida em ninguém, onde me incluo: eu não sou vítima. Não tenho perfil nem tempo para isso.
O que prefiro é que não me forcem a ser a besta que consigo ser porque não gosto. Custa-me ser o animal que está constantemente a cutucar-me para se mostrar.

Tenho de me sujeitar, agora. Tenho de ficar onde me mandam porque senão acusam-me de querer ir para X só para Y seria uma resposta que entenderia mas não quero dar ideias. 
Estou a ficar farto de paneleirices.

...e espero não voltar cá.

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