Wednesday, March 16, 2016

Assunto Repisado (como quase todos...)

Só não me incomoda andar muito à volta do mesmo porque a natureza humana anda sempre à volta do mesmo.
Volta e meia inventam-se expressões para tornar a coisa mais sexy (inverdade ao invés de mentira ou crosstraining ao invés de treino de circuito) mas o cerne está sempre lá.

Quando as dificuldades dos outros não são óbvias ou comuns, tende-se a ignorar ou imaginar que não existem quando as dificuldades e o seu tamanho - tal como sentimentos e traumas e tudo o resto - têm a importância que é dada por quem as sente e não por quem as vê de fora.
Não olvido que é preciso ter uma visão objectiva do que os outros pensam e dizem quando estamos a avaliar o que faremos e o que queremos, contudo, caso nos queiramos manter por perto a apreciação não pode ser feita assim.

Por exemplo:
eu acho parvo a preocupação de alguém ser perder ou ganhar 2 kgs e acho-o, parece-me, justamente.
Então, qualificarei, sem dó, como sem sentido e seguirei em frente.
Agora,
se esta coisa, para mim, parva for uma preocupação de alguém que não deixarei ou não quero deixar pelo caminho terei de a avaliar de uma outra maneira; terei de a avaliar como sendo algo que fará parte - mais ou menos - da minha vida, pelo que mesmo não deixando de ser parvo tem de ser respeitado.

Sucede que alguns de nós temos preocupações e limitações mais esquisitas.
Imaginem a, sei lá, Jennifer Lopez (se gostarem de a imaginar, como eu):
o problema mais óbvio (bem...um deles) é que ela vive do outro lado do mundo, pelo que nem vale a pena pensa nisso;
o problema menos óbvio é que se a distância física desaparecesse mas, no seu lugar, a JLo decidisse ignorar o que me causa problemas e transtorna, o problema seria o mesmo da geografia ou ainda pior.

Não se apanha um avião para entender as pessoas.

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