Tuesday, March 22, 2016

Coisas Com Graça (e uma rara ocasião em que acho que fui inocente)

Já aqui contei da entrada a sangrar a canela que dei à enfermeira que me tirou sangue.
Hoje voltei lá.

Não disse nem fiz nada, quer porque acho que já fiz o que tinha a fazer anteriormente (agora, teria de ser gente a meter o pescoço à vista) quer porque não estou em fase de fazer nada do género, agora.
Então,
Veio fazer mais? Não estava tudo bem com as outras? Eu vi-as e pareceu-me tudo certo...
- Pois. Mais do que um médico viu-as e também achou que estava tudo certo mas este quer assegurar-se. 
Ah, mais picuínhas...
- Talvez seja, faço o que me mandam.

Arregacei a camisa, levei o garrote e tirou-se-me líquido, o que muito me desagrada.
Depois,
a) desinfectar, com muito cuidado;
b) ficar a segurar um bocado de algodão bastante tempo;
c) trocar o bocado de algodão por um mais pequeno...e mais tempo;
d) passagem dos dedos da outra mão (a que não segurava o algodão) no meu antebraço, muito gentilmente;
e) colocar cuidadosamente um curita.

Eu sei que estão a ler isto e a ver para onde a coisa foi mas isso não explica a minha inocência, certo? Aliás, faz mais parecer o contrário de inocência só que o que realmente aconteceu é que nas passagens que descrevi eu não achei, na altura, que tinha sido bastante tempo nem que a troca de algodão fosse esquisita nem que a passagem de dedos pelo meu antebraço fosse fora do comum nem que o curita tivesse sido depositado com muito cuidado.

Tendo a não discutir procedimentos médicos, digo sim e é o que for.
Eu sei que a passagem dos dedos é um bocado difícil de engolir mas eu lá sei se é uma cena que facilita ou ajuda a circulação ou sei lá o quê...

Então, 
pergunta justa?
Porque não achei nada daquilo incomum quando aconteceu e agora adjectivo como adjectivei?

Pá...houve um f)...
Quando acabou de fazer tudo o que descrevi puxou-me a manga da camisa para baixo (ok...um bocado excessivo e nada de clínico mas pode ser só prestável) e começou a tentar abotoar a minha manga (ok...passamos a linha em que já posso achar tudo normal).
Fiquei um bocado à toa e sem reacção e depois do que me pareceu uma vida inteira (hão-de ter sido uns 10segs), disse deixe estar, eu nunca aperto os punhos...

Fui bebé.
Fosse a altura uma outra e não estou certo que isto não lhe saísse do corpo.

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