Matar Com a Cura (Coisas Com Graça)
Que me recorde, tive uma cena escrita por mim que veio ser publicada num jornal.
Coisa essa que era extensa e, daquilo que me lembro - naturalmente, não tenho nenhuma cópia nem reli - era, visto com distância, bastante pueril (data, praí, de 1999).
O assunto, contrariamente às palavras que usei para o abordar, está muito claro na minha cabeça e a base da história, também.
Era a história de um mundo em que os habitantes tinham cores e em que um deles começou a empalidecer, acabando por tornar-se cinzento à medida que ia deixando de sentir interesse pelas mesmas coisas que os outros.
No fim, o gajo encontra outros como ele quando entra num buraco qualquer (não me recordo como aconteceu) e descobriu que os poucos como ele viviam debaixo de terra.
Naquela altura, como agora, acho que a verdade e a realidade tornam-nos mais solitários e, em determinados casos, mais tristes.
A grande diferença é que naquela altura não saberia dizer que este era o cerne da história, ainda que o fosse.
...e isto é engraçado.
Existia um fio condutor que não via e uma profecia que não sabia ter proferido. Profecia em relação a mim.
O meu eu mais néscio já ia a caminho de ser menos néscio um bocado mas não sabia.
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