As Jaula em que Nos (ME) metemos (METO)
Este é um assunto recorrente e no qual penso frequentemente e ontem deu-se uma ilustração perfeita da coisa.
Ando à procura de umas sapatilhas para substituir as minhas específicas há algum tempo e não tenho tido sucesso.
Ontem, tive.
Encontradas as sapatilhas; experimentadas as sapatilhas; ida para pagar as sapatilhas.
Quando chego à caixa, a mulher diz-nos:
Ah...têm aqui este defeito na sola... (era uma merda de nada que nem teria dado conta e que nem me interessa. Não sou picuinhas)
Ela olha para mim, para saber se me importava, e respondi à mulher da caixa: Ah, com defeito, não quero. Se levasse uns 20% de desconto em cima, ainda aceitava...
A mulher da caixa disse que nada podia fazer e eu respondi então deixe lá e fomo-nos embora.
Para perceberem:
além de nada me interessar a merda do risco da sola, as sapatilhas estavam com um desconto muito significativo mas vi ali uma oportunidade de diminuir o preço e entrei de tola.
Não tendo resultado...não quis.
Quando estava fora da loja, Ela disse-me:
Tu nem sequer queres saber do defeito. Nem tinhas dado por ela. Andamos há tanto tempo à procura disto...
- Eu sei. Tens razão em tudo. Tentei tirar proveito porque me parece mal comprar um produto novo com defeito.
(...)
- Bem, se quiseres, podes ir buscá-las mas eu não vou. Eu disse que não ia.
E Ela foi.
E eu tenho as sapatilhas que queria.
Percebem?
Porque disse Não ia continuar a ser Não independentemente do resultado em concreto. Resultado que não me beneficiaria.
Ela, porque não é como eu, não se importou de pensar qualquer coisa como tentou-se. Falhou-se. Dá-se o braço a torcer.
Eu não sei fazer isto.
0 Comments:
Post a Comment
<< Home