Tuesday, July 17, 2018

Poliamor

Há uns dias, estava num convívio de cenas e atiraram-me esta à tola.
Em condições normais, não daria troco a quem avançou com a ideia e a defendeu mas tinha um tempo livre nas mãos para gastar.

Então,
é muito engraçado o facto de, por exemplo, os defensores da vida simples não a tenham e que aqueles que acham triste que nos prendamos às aparências sejam feios.
Não é por acaso.
Esta, por exemplo, é uma divorciada amargada que pensa que engana toda a gente quando se pinta como muito à frente. Uma destas ideias muito à frente é o poliamor e o outro a pansexualidade.

O problema dela é que fala de cor.
Eu não.

Na cabeça dela, terá pensado que eu não saberia o que é o poliamor nem a pansexualidade e enganou-se em ambos os casos; mais do que saber o que é, já vi ser tentado e sempre mas sempre sem sucesso.

Percebam: não tenho nada contra múltiplos parceiros e foder com quem lhes der na gana.
O meu problema são merdas inventadas; poliamor não é um relacionamento ainda que se lhe queira dar esse ar.
Pansexualidade é uma outra maneira de identificar bissexualidade.

A coitada que há-de ter usado o tempo para um casamento amargurado não percebe que eu o usei para viver cenas e conhecer cenas.
Agora, volvidas quase duas décadas de puta da loucura, estou noutra fase.

Não tenho, por exemplo, a veleidade de achar que sei imenso sobre relacionamentos sérios.
Não sei.
Estou a aprender e a tentar ser bom nisso.

Tenho, contudo, a veleidade de achar - talvez mesmo saber - que sou muito versado em puta da loucura e não é um embrião de libertina que me vai ensinar muita coisa ou vender gato por tigre.

Ah, só para que fique claro: acredito que haja pessoas para quem o poliamor funcione, eu só não conheço nenhuma e rejo-me por estatística e não por casos isolados.
Ah, mas comigo funciona! Tu não percebes!
Se 10 pessoas me disserem isto, 9,5 estão a mentir.

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