Tuesday, June 11, 2019

Palavras e Acções

A minha impressão é que nunca tiveram o mesmo peso. Pelo menos, não me lembro de um tempo em que tal tenha acontecido.

Um acto vale mais do que mil palavras, diz-nos a sabedoria popular e ouvimos repetir tantas a tantas vezes.
A sabedoria popular está certa.
A sabedoria popular falar para ouvidos de mercador.

Vamos a exemplos práticos.

Como já disse por cá, aquando da minha avaliação foi-me dito que não era suficientemente comprometido com a empresa (não foi exactamente assim mas foi o que se queria dizer).
A ideia subjacente é que não interajo muito e que não compareço nas festas organizadas e que não sou entusiasta com o percurso e com o crescimento - uma vez mais, não garanto que tenha sido dito isto exactamente.
...poderia achar tudo isto uma parvoíce mas não acho.
A minha personalidade é especial mas vejo que estas coisas são ou podem ser importantes para os outros e compreendo, também, que esta minha vontade de oxigénio desobstruído não é mais sociável de todas.
Ok.
...mas isto está muito longe de ser tudo. E não é prestada atenção ao que deveria e, para mim, é mais importante.

K, agora vai deixar de tratar de 1 e 2. Podes escolher tratar de 1 ou de 2 mas outra pessoa ficará com o que não quiseres.
- Pá...vejam o que vos faz mais falta e o que dá mais jeito. Por mim, tanto dá.

É verdade o que disse. A minha intenção é colaborar para que a minha entidade patronal seja bem sucedida e, algumas vezes, este sucesso deles não corresponde ao meu.

Esta minha escolha - ou passar da escolha para o mais útil - custou-me, pelo menos no imediato, bastante dinheiro.

Mas o que preocupa as pessoas é o caralho dos convívios.
É o que é.
Sou culpado porque sei que assim é e comporto-me como me parece melhor e não mais proveitoso.
Mas que é estúpido...é.

Vamos continuar no âmbito empresarial:

Nunca levo a minha máquina fotográfica nem as minhas lentes para eventos da empresa.
Os motivos são simples de explicar: não tenho vontade de andar com os copos e com a máquina; não quero que ponham as mãos na minha máquina; não gosto que me andem a chatear para tirar fotos a isto e a aquilo.
Desta última vez, aconteceu o mesmo: não levei a máquina.
A diferença é que levaram uma máquina e pediram-me para tirar fotos. Isto era demasiado difícil recusar.

Resumindo:
As fotografias foram tiradas e enviadas para o pessoal que trata de promover cenas.
As fotografias foram usadas mas não creditadas.

Ah, K caga nisso! Estavas à espera que te agradecessem ou que te pagassem?!
Na verdade, não me chateia não ME terem creditado. Chateia-me não terem creditado.
As fotografias foram tiradas por mim mas não na minha máquina e nem foram por mim enviadas. Admito que não soubessem que eu era o autor e nem me importo.
MAS a dona da máquina e a pessoa que lhes enviou as fotos haveria de ter sido creditada. Para todos os efeitos, as fotos eram dela.

Isto para dizer o quê?
Bem, o assunto é o mesmo.
Apreciar o que um colaborador faz pela empresa haveria de ser reconhecido. Um esforço, por pequeno que seja, altruísta e de que a entidade patronal tira proveito (aqui, seria mais aproveita).

Não seria útil?
Não integraria?
Não faria essa pessoa sentir-se parte de uma equipa?

Nã...
Team building, não é?
Team building é o caralho.

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