Tuesday, September 26, 2006

Psiquê?


Sempre gostei do que resulta de uma conversa que o é verdadeiramente.
Não daquelas conversas triviais que também são absolutamente do meu agrado mas das outras que acontecem como que saídas de lugar nenhum. No trânsito, no fim de um filme, na semântica de um suspiro.
É engraçado como a explicação de um conceito próprio e enraizado tem a sensação de terapia.
Muitas vezes (muitas mesmo) tenho uma posição sobre um assunto e sei que a tenho mas não é claro o porquê....
Acontece-me com frequência que no meio de uma defesa do que é para mim uma verdade entender o porquê de aquilo ser para mim, efectivamente, uma verdade.
O enraizamento das crenças tem muito mais de subliminar e de resultado de uma aprendizagem que não se sabe que o é de facto, surge inumeras vezes quando nem se sabe que é aí que nasceu aquele tão veemente acreditar.
Ainda há pouco tempo descobri o motivo que me leva a crer que serei só durante muito tempo e eventualmente de forma perene mesmo...esse motivo não o revelei quando me foi revelado, guardei-o e guarda-lo-ei.
O que é verdadeiramente divertido para mim é que não sou nada de coisa nenhuma e sou muita coisa de variadas coisas.
É engraçado a surpresa que se depara com quem acha que me conhece e depois me conhece de facto, a cara de espanto quando se descobre que não sou nazi e nem sociopata e nem anti 3ª idade e nem suturno e nem chato e nem suicida e nem revoltado é uma constante quando se passa da fronteira criada.
Sou naturalmente fronteiriço, naturalmente ambiguo, naturalmente contrastante, naturalmente incoerente...mas o resultado da mistura é absolutamente díspar da soma dos elementos.
Sou isto + aquilo + a outra coisa + isso ainda + isto + a outra + aqueloutro + EU...e este eu muda tudo.

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