Big Mouth
Falar demais só causa problemas, tanto pra quem ouve (umas vezes) como para quem diz as palavras (outras vezes).
Nunca padeci muito desse mal, pelo menos nas coisas que realmente importam. Lembro-me de em criança ser tagarela, aquilo a que muitos chamavam de "comunicativo", mas com o passar dos anos cada vez digo menos palavras, aquilo que muitos chamam de "antipático" e outros de "anti social".
Porra, mas debitar milhares de palavras por segundo é socializar? Se é eu não quero!
Por que carga d´água terei de andar a falar de coisas que, muito provavelmente, não interessam a quem está no mesmo círculo que eu? Por que motivo tenho de fazer assunto?
Depois acontece aquilo que frequentemente se chama de ferir susceptibilidades, do tipo "foda-se... Carminda? Quem tem coragem de chamar Carminda a uma filha?!" e do outro lado da mesa ouves timidamente "A minha mãe chama-se Carminda...".
Ganda socialização....
Isto é um exemplo inocente, a pior das espécies são os Sinceros e os Digo aquilo que penso.
Pior, há uns que têm orgulho nisso.
Caralho...mas alguém se interessa com a sinceridade deles? Ou com o facto de dizerem aquilo que pensam?
Muitas das vezes são, no mínimo inconvenientes, no entanto, na maioria das vezes são acéfalos e pensam merda nenhuma.... o que me leva a pensar "pra que dizes o que pensas se só pensas em merda e ainda assim pensas mal?!"
Esta apologia à sinceridade é um alimento farto para moscas, é vê-las a circular veloz e freneticamente perto destes seres de pouca (nenhuma?) noção de que calados seriam, seguramente, bem mais úteis à sociedade.
Inteligência é saber quando estar calado, muito mais do que saber quando falar.
Aliás, desde há uns tempos para cá bordei uma frase a ouro no meu cérebro que tento lembrar com a frequência possível:
Diz apenas metade do que sabes...e ainda assim se tiveres MESMO de dizer!
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