Sunday, October 29, 2006

Cores Vivas


Nem sempre estou em vermelho vivo ou em verde incandescente.
O que estou é sempre pronto para vestir a alma de cores garridas.

Felizmente, apesar de teoricamente ter uma ligeira propensão para deprimir, esses estados de baixa auto estima duram muito pouco tempo.

Tive aí um periodo em que me pareceu que as coisas não estariam a correr como deveriam, um hiato em que me senti mal porque não tinha atingido as expectativas que tinham criado sobre mim.
Depois a luz aparece e tudo fica bem mais claro.

Posso estar novamente enganado, pode uma vez mais parecer o que não é, no entanto os astros voltaram a alinhar-se, o cinzento está de partida.

Bom que ainda quando não deveria apenas dependia de mim e os muros mantiveram o seu especto de granito...ainda que na altura fossem de esferovite.

Engraçado como nem tudo que reluz é ouro e a imagem refletida no espelho tem muito o cunho de quem olha para ela.
A objectividade é uma ciência oculta para mim, não me desprendo do que quero e do que acho que deve ser.

Nunca pedi que me compreendessem mas sempre exigi que me respeitassem.

Nunca pedi que me ajudassem mas sempre exigi que não me atrapalhassem.

Ouvi de muita gente em muitas alturas que se renasce depois de uma dor muito violenta e que o que não nos mata torna-nos mais fortes.
Pra mim o segredo é manter as lanças afastadas do meu corpo, não tenho qualquer curiosidade em provar o meu próprio sangue.

E a pele de cordeiro volta a rasgar-se.

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