Saturday, October 28, 2006

Subliminar


São como aquele parente que não queres apresentar mas que vais mandando umas tacadas para ver se te perguntam por ele para teres uma aberta para o expores.
Adoro o jogo das subliminare, gosto da encriptação das frases, acho divertido.
É uma forma muito boa de aprender com quem se fala, o quão inteligente (ou burro) é, que tipo de personalidade se esconde debaixo da pele e onde quer essa pessoa levar o barco.
Eu, por exemplo, digo muito poucas vezes claramente o que quero dizer.
Umas vezes mando a chamada subliminar funcional, aquela que é muito mal disfarçada mas que infla o ego da outra pessoa porque acha que a descobriu e que foi bem mais esperta que eu.
Divertido não?
Outras vezes, quando o objectivo é realmente a manipulação, em vez de ter uma subliminar ordeno todo o discurso para empurrar para uma só solução.... e aí se vê quem realmente apanha uma subliminar.
Encaro como uma arte e como todas as artes tem de ser trabalhada e aperfeiçoada.
Se eu não soubesse cultivar o subconsciente dos outros não teria sucesso naquilo que faço, então, mesmo em horário pós laboral quando dou por mim o jogo está criado.
Mais divertido do que criar o jogo é tentarem jogar comigo.
Normalmente, só dou o pontapé na mesa e atiro à cara que aquilo não vai resultar quando é excessivamente mal feito e não há outra forma de não me sentir insultado.
É como em qualquer desporto...profissionais não gostam de jogar com amadores.
Uma coisa é uma batalha, outra é uma chacina.
Quando me tentam manipular com mestria, aí sim, a coisa ganha contornos hilariantes.
Não revelo que sei.
Não me mostro, sequer, desconfiado...apenas não faço nada daquilo que querem que eu faça.
Nestas alturas é ver o adversário suar, do tipo "foda-se... o que estarei a fazer de errado?! Ele não percebe e ainda assim não faz aquilo que eu quero!".
Pois, é a história de querer ensinar o Padre Nosso ao vigário...não é?

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