Wednesday, November 15, 2006

Teoria do Caos Organizado

(tinha de ter uma justificativa pra não fazer sentido eheheh)
A Teoria do Caos Organizado é uma forma de descrever o que quero para o meu caminho e porque motivo escolho umas ruelas e deixo outras escolherem-me a mim.
O mais importante, para mim, é o onde e não o porquê.
Dou muita importância às marés que passam por mim e pouca à Lua cheia que as influencia.
De dia o fato veste-se e de noite a pele cobre-me.
O que quer isto dizer?
Que preciso de manter o turbilhão controlado e contido mas não posso passar sem ele.
Eu sei que não poderia estar com alguém infiel...mas aceitaria com a calma de uma perguiça que me permitissem ser infiel, sem nisso ver qualquer injustiça.
Eu sei que a mãe do condutor que vai à minha frente não será puta mas não me coibo de assim a intitular.
É a aspreza do mundo e o carinho dos mundanos que me atira pra frente e me arrepia a pele, algo que, em si mesmo, é antagónico e que ainda assim existe.
Se as coisas o são malgrado a sua não coerência....assim eu sou também.
Nunca poderia, por exemplo, ter tirado um curso de medicina ou de engenharia porque o que tem uma explicação provada deixa de me interessar nesse preciso momento, gosto do que me parecer ser e não necessariamento do que é.
Não tenho uma especial apetência pela seriedade, no entanto, também sou sério.
Não tenho um especial prazer em ser inconstante, no entanto, não sou linear.
O desafio do espinho na rosa salpica a sua beleza e torna-a menos acessível, o que me agrada, apesar de também gostar da frivolidade básica.
Se até os meus gostos de conflituam por que razão quereria que os meus actos fossem passos domesticados e plenos de previsibilidade?
Onde estaria a minha humanidade e a minha diversão nisso?
Nem sequer corrijo estas linhas que agora te entram nos olhos porque também não posso retirar as palavras que uma vez te disse, a vida não tem takes e as minhas sensações também não....e assim também as emoções que me passam pelos dedos.
A única coisa que procuro é que esta desplicência de entendimento não se revele no meu andar porque isso implicaria uma revelação e um conhecimento externo que em nada me interessa.... ainda assim, permito que me vejam o olhos neste blog mas já não permito que me vejam a cara,
Se eu soubesse exactamente para onde vou a caminhada perderia o interesse...

0 Comments:

Post a Comment

<< Home