Wednesday, December 20, 2006


Andam à minha procura...e nem sei pra quê.
Sinto no ar e nos becos por onde passo uma sombra que, felizmente, apesar de me perseguir não se manifesta porque ainda não tem a certeza de que sou efectivamente eu quem procura.
Nunca perco de vista os pontos cardeais, não me desoriento e, ciclicamente, faço uma plástica pra que só pelo cheiro e impressões digitais seja possível desvendar-me.
O que não sei é porque me querem encontrar.
Não trago nada de bom comigo.
A falésia já se demonstrou antes e, caso necessário, manifestar-se-á uma outra vez.
Já puxei pra baixo.
Espero que o esperado não sejam explicações...não as dou.
Espero que o esperado não seja coisa nenhuma... única forma da perseguição ter algum sentido.
Por motivos escusos já tive de pagar por erros passados que em nada influiam o presente.
Não culpo ninguém (como nunca o fiz) pelas feridas que me ficam na pele porque a culpa acaba sempre por ser minha...ou porque não resolvi como devia ou porque não fui tão sincero como seria de exigir ou porque não atei todas as pontas soltas.
Apesar de todo o reconhecimento e de segurar nas costas o peso que mereço, quem indevidamente se mete nos meus assuntos ou não se cala quando intimado para o fazer é cortado de uma forma clara e cirurgica de tudo que a mim se relaciona.
Com a mesma transparência que aceito o que é meu aniquilo o que lhe deu origem para que não volte mais a acontecer.
O eterno problema sem solução: Dizes o que queres fodes-te como mais conveniente me parecer.
Procurar até me podem procurar.... mas dia em que tiverem a infelicidade de me encontrar o sabre voltará a desembainhar.
E quando o sabre for novemente bramido corto-lhes de vez o nariz pra não voltarem a cair no erro de me procurar o rasto.

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