Thursday, December 14, 2006

Dúvida que não Cala


De vez em quando dou uma volta aleatória por alguns blogs.
Mais raramente que isso ainda encontro alguns dos quais me torno frequentador assíduo.
A maioria das coisas que vejo é de gente que quer desesperadamente amar.
Não sei qual o encanto pelo amor, o que me parece mais é que há um desencanto com o dia a dia.
Em primeiro lugar, acho extremamente chato gente que fala de uma coisa apenas... especialmente quando quer dar uma beleza que não consegue e que as coisas, efectivamente, não têm.
O show de comiseração é altamente apaludido junto da alma portuguesa. Ou seja, quando se deveria apaludir vencedores apaparica-se falhados.
É o fado do sofredor e do desentendido com um destino que não lhe deu o que merecia.
E a roda viva dos "entendo-te" e "sei bem o que estás a passar" e "aguenta-te, estou a torcer por ti".
Sentimentos são, pra mim, aleatórios.
Se aleatórios são de difícil entendimento para quem os sente.
Se quem os sente não entende como o vão entender os outros?
O mundo não começa e nem acaba na ponta do chicote e não começa nem acaba numa arritmia a que se chama paixã0.
É como aqueles que vivem permanentemente apaixonados, ama gente em cima de gente, sofre a cada ruptura e logo a seguir manda-se pra outra...
Lamento os que se fodem sem nada fazerem por isso, quem decide arriscar se se foder fodeu-se.
Triste o que navega sem mapa à espera de um farol esquecido.
Triste o que tem por meta um pedaço de carne que lhe pertença.
Eu quero encontrar mas nunca me verão revolver pedras à procura.

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