Lados
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Sou uma pessoa exigente com as minhas amizades.
Não preciso que me liguem pra saber como estou nem que me convidem sempre que decidem ir tomar um café.
Nesse sentido sou relaxado....
A única coisa que quero é que quando eu decidir eles apareçam.
Uma outra situação em que nunca coloquei amigos (e muito menos conhecidos) é a de ter de escolher de que lado estão.
Nunca falei mal de um amigo meu (ou conhecido) a outro que eu saiba que é um amigo comum (ou meu conhecido e amigo dele), acho desnecessário, desconfortável e mesquinho.
Já se vieram queixar de pessoas que consideros amigas (o queixoso e o tipo de quem este se queixa) e sempre que isso acontece sinto-me preso e desconfortável.... sou incapaz de atiçar mais ainda o fogo, não gosto de atribuir razão a qualquer um deles e isso é matar-me. Privar-me da possibilidade de emitir a minha opinião é matar-me...mas não o faço.
Ora, eu sempre me achei (e acho) capaz de resolver os meus problemas.
Nunca me vi na situação de precisar que me apoiem para fazer o que quer que seja.
Comigo os louros têm dono e a culpa não morre solteira.
Vejo pessoas a contar espingardas antes de partir para o confronto, do tipo, eu vou se fores comigo.
Encontro com frequência o pedido subliminar (e às vezes nem tanto quanto isso) de aliança para que um tipo qualquer não seja o único a apanhar mas com o desejo intrínseco de, se resultar, ser o único a bater.
Será que a maioria das pessoas só se aguenta sozinho na vitória?
Bem... ao que parece, sim!
Eu gosto do confronto, não o procuro por uma questão meramente moral, mas não fujo dele por uma questão eminentemente visceral.
Eu sei que vou ganhar... mas sei que um dia vou perder e se perder deitado, ainda assim, vou dar uns pontapés.
A morte em si não me assusta, o que me assusta é morrer.
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