Monday, July 09, 2007

Da Falta de Sentido.
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Estava agora mesmo a pensar em sacrifício.
Levantei-me da cama e aqui estou.
Parei de ver uma série porreira e decidi vir destilar coisa nenhuma.
Mais um exemplo claro da Falta de Sentido.
A coisa que me assaltou é, no entanto, outra.
Acredito em sacrifícios mas não o entendo, de forma alguma, como admirável ou glorioso.
O meu sacrifício, como o teu e o dele, não merecem uma ode mas antes um parente próximo da pena.
Quando a vida é pra ser vivida, pra quê sacrificar?
Poderia discorrer muitas teorias e o dobro dos autores.
Poderia citar muitas pessoas que se sacrificaram e que, por isso, foram e continuam a ser admiradas.
Não o faço!
Acredito no aproveitar o meu dia e que tu aproveites o teu.
Não, também não é aquela pueril e desprovida de sentido máxima de carpe diem.
É, pra mim, tão absurdo cortar um dedo como não importar que ele seja cortado amanhã.
O dia de amanhã terá de ser, dentro do razoável, previsto mas não deverá reger o dia de hoje em absoluto.
Pra quê toda esta pseudo sapiência de quem sabe muito menos que a maioria das pessoas?
Ora, por causa do sacrifício.
Estou numa fase em que me sinto a sacrificar.
Neste preciso momento, não me sinto idiota nem herói por o fazer.
Daqui, retiro o mesmo que da maioria das minhas acções ou omissões.
Deste preciso ponto, as motivações são, basicamente, nulas e os planos, relativamente, inexistente.
Porque coloco a minha vida em ponto morto?
Poderia ser porque já o fizeram por mim, mas não é.
Porque me assemelho a um filantropo?
Poderia responder que é porque a minha natureza é essa, mas não é.
Porque me sinto sozinho e, ainda assim, não queria estar de outra forma?
Poderia, eventualmente, dizer que é porque acho que deve ser assim, mas não é.
Porquê então?
Certeza eu não tenho mas acredito profundamente que a resposta será, até, simples...
Porque não sei ser de outra maneira...

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