As Banalidades
Gosto muito do que é tido como banal. Gosto muito da trash culture (também conhecida como cultura pop mas, para mim, popular não é lixo, é uma outra coisa).
Dá-me um imenso prazer falar de coisa nenhuma, de assuntos leves, de parvoices. Gosto, ainda mais, quando tudo isto acontece numa mesa de bar (não daqueles vanguardistas e com novos conceitos mas dos verdadeiros).
É verdade que nem tudo é leve e banal mas quando se está com quem se gosta quer-se rir e não carpir, embora por vezes possa ser necessário.
Como não sou monocromático, o blog, para mim, é exactamente o contrário de uma mesa de bar. Aqui aparece o meu eu mais intenso, aquele que, na maioria das horas, anda escondido.
Porquê?
Bem, porque a minha postura é uma coisa próxima da negação da importância. Contrariamente ao egocentrismo reinante (suponho que seja uma fase social que passará com o Mourinho) não me vejo como manifestamente importante nem preponderante para a vida na Terra. Também não acredito que a minha opinião mude um par de mentalidades, quanto mais um paradigma.
Não quero dizer com isto que me ache de parco valor, bem pelo contrário, pessoalmente, tenho-me em muito boa conta. Consigo articular umas quantas palavras e uns quantos pensamentos, posso desenvolver opiniões sobre assuntos mais ou menos complicados e até já representei o meu país. O que acontece é que tenho noção da minha insignificância no grande quadro das coisas.
Exemplo:
Sobre um dos seus livros (suponho que O Estrangeiro mas não tenho a certeza), Camus disse que "nada mudaria se eu não tivesse escrito este livro".
Obviamente, a obra de Camus foi muito importante para muita gente e o simples facto de saber o seu nome e ter lido o que escreveu também o foi para mim. Contudo, quando li isto o que me ocorreu não foi que ele estivesse a desvalorizar o seu livro mas que se ele nunca o tivesse escrito ninguém lhe sentiria a falta e, com isto, concordo em absoluto.
É esta a insignificância a que me refiro. Poderão dizer que isto aconteceria com qualquer coisa; qualquer coisa que não tivesse acontecido ou existido não deixaria saudades. É verdade. É mesmo isso. Se tu ou eu não tivessemos nascido a Terra rodaria da mesma maneira. Se o Camus não tivesse escrito, ainda assim, nós estariamos aqui.
Pode muito bem ser uma parvoice mas, ainda que parvo, é insignificante...mesmo quando comparado com o magnificente.
Dá-me um imenso prazer falar de coisa nenhuma, de assuntos leves, de parvoices. Gosto, ainda mais, quando tudo isto acontece numa mesa de bar (não daqueles vanguardistas e com novos conceitos mas dos verdadeiros).
É verdade que nem tudo é leve e banal mas quando se está com quem se gosta quer-se rir e não carpir, embora por vezes possa ser necessário.
Como não sou monocromático, o blog, para mim, é exactamente o contrário de uma mesa de bar. Aqui aparece o meu eu mais intenso, aquele que, na maioria das horas, anda escondido.
Porquê?
Bem, porque a minha postura é uma coisa próxima da negação da importância. Contrariamente ao egocentrismo reinante (suponho que seja uma fase social que passará com o Mourinho) não me vejo como manifestamente importante nem preponderante para a vida na Terra. Também não acredito que a minha opinião mude um par de mentalidades, quanto mais um paradigma.
Não quero dizer com isto que me ache de parco valor, bem pelo contrário, pessoalmente, tenho-me em muito boa conta. Consigo articular umas quantas palavras e uns quantos pensamentos, posso desenvolver opiniões sobre assuntos mais ou menos complicados e até já representei o meu país. O que acontece é que tenho noção da minha insignificância no grande quadro das coisas.
Exemplo:
Sobre um dos seus livros (suponho que O Estrangeiro mas não tenho a certeza), Camus disse que "nada mudaria se eu não tivesse escrito este livro".
Obviamente, a obra de Camus foi muito importante para muita gente e o simples facto de saber o seu nome e ter lido o que escreveu também o foi para mim. Contudo, quando li isto o que me ocorreu não foi que ele estivesse a desvalorizar o seu livro mas que se ele nunca o tivesse escrito ninguém lhe sentiria a falta e, com isto, concordo em absoluto.
É esta a insignificância a que me refiro. Poderão dizer que isto aconteceria com qualquer coisa; qualquer coisa que não tivesse acontecido ou existido não deixaria saudades. É verdade. É mesmo isso. Se tu ou eu não tivessemos nascido a Terra rodaria da mesma maneira. Se o Camus não tivesse escrito, ainda assim, nós estariamos aqui.
Pode muito bem ser uma parvoice mas, ainda que parvo, é insignificante...mesmo quando comparado com o magnificente.
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