Feitios e Defeitos
Já tive milhares de milhões de discussões sobre este tema e a minha opinião nunca mudou. Tenho para mim que não se pode pedir a uma determinada pessoa que seja de uma forma, quando dá jeito, e de outra, quando não dá.
Uma das discussões mais produtivas a este respeito tive-a, há anos atrás, com um caso. Não era minha namorada nem minha amiga, era uma pessoa com quem me deitava quando nem eu nem ela tínhamos desculpa para não o fazer.
Apesar de termos um apego químico muito violento a coisa nunca passou daí porque, tanto eu como ela, sabíamos que não iria resultar, eramos muito diferentes, queriamos coisas diferentes e não estávamos dispostos (ou não conseguíamos) mudar. Felizmente para a minha sanidade mental, este laço largo que nos prendia permitia conversas honestas e desprendidas.
Ela disse-me aquilo que eu já sabia: que eu não era, nem para ela nem para as mulheres que ela conhecia, o tipo pretendido. Sim, tinha enormes virtudes que, como sempre acontece, traziam consigo enormes defeitos.
Não pude deixar de concordar mas esta estória sempre me deixou, teoricamente, irritado (teoricamente...porque na prática percebo-a e faz todo o sentido).
Tanto ela como as amigas dela como as minhas amigas e a maioria das mulheres que conheci querem, basicamente, a mesma coisa quando se fala de homens: um tipo compreensivo, meigo, calmo, confiável e previsível (suponho que também queiram um gajo bonito e bem feito mas, nesse particular, nunca me disseram nem eu quis saber).
Conheço alguns tipos assim, não muitos mas alguns e todos eles (sem excepção à data) não se deram particularmente bem com as relações que tiveram.
Porquê?
Bem, porque existe uma enorme diferença entre a teoria e a prática.
De todas as formas de mulheres que conheci (da mais conservadora à mais liberal), independentemente do que diziam quando descreviam o seu gajo ideal deixaram sempre de fora aquilo que, realmente, precisavam. Sim, o que PRECISAVAM e não o que QUERIAM.
Quando, algumas delas, apanhavam um gajo inconstante, decidido e irascível tudo naquela cabeça mudava. Nenhum destes defeitos passam por feitio e são, todos eles, execráveis (sim, o decidido também porque ninguém é decidido e temperado ao mesmo tempo). O que as atraiu, ao ponto de se perderem pela primeira vez na vida, era aquilo que estes defeitos traziam.
Estes insuportáveis porcos chauvinistas foram os primeiros que as foderam e não fizeram amor com elas, foram os primeiros que eram capazes de dizer (ou incapazes de não dizer) que isto ou aquilo os irritava e que não estavam para aturar. Foram os primeiros que as arrancaram do trabalho a meio do dia porque as queriam ver e não havia maneira de o evitar.
Não digo que relações com estes tipos durem para sempre mas, vendo bem as coisas, também não o posso dizer quanto aos outros.
O que vos digo, com base no que vejo, é que é comum uns serem substituídos pelos outros. O morno substituído pelo quente e vice versa.
Por isso, na comparação efectiva será difícil saber-se quem ganha e quem perde...
Ok, tentarei de outra maneira...
Para decidir de vitórias temos de pensar se o que se pretende é um para sempre com alguém e a eterna memória daquela vez em que o encontrei naquele motel e de onde não saímos durante 2 dias ou a inconstância da existência do para sempre.
Por mim, direi que não conseguiria suportar que qualquer memória se elevasse àquelas que consegui criar nela, seja ela quem for. Caso tal acontecesse sentir-me-ia sempre derrotado.
Uma das discussões mais produtivas a este respeito tive-a, há anos atrás, com um caso. Não era minha namorada nem minha amiga, era uma pessoa com quem me deitava quando nem eu nem ela tínhamos desculpa para não o fazer.
Apesar de termos um apego químico muito violento a coisa nunca passou daí porque, tanto eu como ela, sabíamos que não iria resultar, eramos muito diferentes, queriamos coisas diferentes e não estávamos dispostos (ou não conseguíamos) mudar. Felizmente para a minha sanidade mental, este laço largo que nos prendia permitia conversas honestas e desprendidas.
Ela disse-me aquilo que eu já sabia: que eu não era, nem para ela nem para as mulheres que ela conhecia, o tipo pretendido. Sim, tinha enormes virtudes que, como sempre acontece, traziam consigo enormes defeitos.
Não pude deixar de concordar mas esta estória sempre me deixou, teoricamente, irritado (teoricamente...porque na prática percebo-a e faz todo o sentido).
Tanto ela como as amigas dela como as minhas amigas e a maioria das mulheres que conheci querem, basicamente, a mesma coisa quando se fala de homens: um tipo compreensivo, meigo, calmo, confiável e previsível (suponho que também queiram um gajo bonito e bem feito mas, nesse particular, nunca me disseram nem eu quis saber).
Conheço alguns tipos assim, não muitos mas alguns e todos eles (sem excepção à data) não se deram particularmente bem com as relações que tiveram.
Porquê?
Bem, porque existe uma enorme diferença entre a teoria e a prática.
De todas as formas de mulheres que conheci (da mais conservadora à mais liberal), independentemente do que diziam quando descreviam o seu gajo ideal deixaram sempre de fora aquilo que, realmente, precisavam. Sim, o que PRECISAVAM e não o que QUERIAM.
Quando, algumas delas, apanhavam um gajo inconstante, decidido e irascível tudo naquela cabeça mudava. Nenhum destes defeitos passam por feitio e são, todos eles, execráveis (sim, o decidido também porque ninguém é decidido e temperado ao mesmo tempo). O que as atraiu, ao ponto de se perderem pela primeira vez na vida, era aquilo que estes defeitos traziam.
Estes insuportáveis porcos chauvinistas foram os primeiros que as foderam e não fizeram amor com elas, foram os primeiros que eram capazes de dizer (ou incapazes de não dizer) que isto ou aquilo os irritava e que não estavam para aturar. Foram os primeiros que as arrancaram do trabalho a meio do dia porque as queriam ver e não havia maneira de o evitar.
Não digo que relações com estes tipos durem para sempre mas, vendo bem as coisas, também não o posso dizer quanto aos outros.
O que vos digo, com base no que vejo, é que é comum uns serem substituídos pelos outros. O morno substituído pelo quente e vice versa.
Por isso, na comparação efectiva será difícil saber-se quem ganha e quem perde...
Ok, tentarei de outra maneira...
Para decidir de vitórias temos de pensar se o que se pretende é um para sempre com alguém e a eterna memória daquela vez em que o encontrei naquele motel e de onde não saímos durante 2 dias ou a inconstância da existência do para sempre.
Por mim, direi que não conseguiria suportar que qualquer memória se elevasse àquelas que consegui criar nela, seja ela quem for. Caso tal acontecesse sentir-me-ia sempre derrotado.
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