Thursday, August 05, 2010

Pelos vistos, alguém pretendia dar o nome José Saramago a uma rua do Porto. Não sei quem o propôs mas sei que a Câmara recusou.
Pela primeira vez que me lembre, a postura eu é que mando e mais ninguém pulvilhada de não tenho medo de ninguém e não tenho medo de o dizer nem de provar do Presidente da Câmara deu-me uma alegria.

Não gosto de Saramago. Não gosto de nada no Saramago.
Reconheço que muitos poderão achar ridículo nunca ter conseguido acabar nenhum livro dele (tentei 3) e encontrar kilos de enfado em cada página.
Ok, foi Nobel da literatura, quem, pelos vistos, percebe disto de letras acha-o absolutamente genial. Não me interessa.
Apesar de concordar que haverá muitas e muitas coisas para as quais não estou equipado para entender, o que realmente me importa é se gosto ou se não gosto. Não pretendo enfiar o meu gosto pelas gargantas mundiais, por isso, não me tentem fazer o mesmo a mim.
Ah, e quanto a estes entendidos na matéria ou intelectuais, se preferirem, lembro-me sempre de um exemplo desta gente e dos interesses que a movem: Forrest Gump ganhou o óscar para melhor filme...

Também não gosto da sua imagem pública. Pode ter sido um gajo impecável em privado (há quem jure que não mas, quanto a isso, desconheço) mas em público...
Não gosto de ninguém que se apresente (mesmo sem o dizer expressamente) como a suma sapiência, o senhor da verdade, o rei de aquém e de além dor.
Outra coisa que me irrita é o suposto mártir que tem de abandonar o país porque é mal tratado. Reconheço que, na altura em que decidiu mandar-se, não foi particularmente bem tratado mas não foi por Portugal, foi pelo Governo e isso, para mim, não é uma e a mesma coisa. Há gente que sofre incomparavelmente mais e não anda a chorar pelos cantos, há gente com problemas a sério que não se martiriza...mas o génio é diferente, o génio não o pode admitir.

Não me importei nada que se tivesse mudado para Espanha nem me importaria nada que o Nobel tivesse seguido, também ele, para Espanha.
Em suma, contrariamente à mentalidade reinante, não gostava dele vivo e não passei a gostar dele morto.

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