Friday, January 07, 2011

Virgens

O assunto virgens é daqueles em que por muito que me esforce nunca consegui chegar a uma conclusão definitiva. É, simultaneamente, uma desejo e algo de que me quero manter muito longe.

Desde que iniciei a minha vida sexual (numa enorme sorte de o ter feito com alguém mais de 10 anos mais velha que eu) nunca tive uma experiência com virgens. Tive já duas hipóteses e rejeitei-as assim que elas existiram, o que é o mesmo que dizer que desapareci assim que tomei conhecimento da virgindade e, num dos casos, já semi-despido e de espada em riste.
O único cenário em que uma vigem me atrai é aquele em que iria ficar com ela para o resto da minha vida mas, mesmo neste, quando realmente penso nisso, a ideia esvai-se pelo chão. Sim, a ideia romântica da coisa atrai-me mas, como em quase tudo na vida, a realidade trata de a esmagar.

Vamos ver,
Num cenário em que apenas tenho vontade de foder, a virgem é um sinal proibido. Não tenho qualquer vontade de andar com pezinhos de lã quando estou à procura de palavrões e suor. Nada é mais desmoralizante do que o vamos mais devagar ou nunca fiz isto...não sei se sou capaz (é verdade que não são frases exclusivas de virgens, como descobri da pior maneira, mas a hipótese delas aparecerem dispara). Este tipo de comentários tem uma reacção, em mim, algo semelhante a descobrir que a mulher tem pêlos nas pernas ou nas axilas.

No outro cenário, aquele em que seria uma coisa séria e potencialmente perene (como desejei em todas as poucas relações que tive) é mais apelativo. Acho bonita a ideia de que alguém esperou por ti e que serás o único parceiro que terá na vida. Entra, contudo, aqui a experiência de vida e, por isso, a realidade.
Não gosto de mulheres verdes e sem sangue na guelra e, com a idade que conto, mulher que seja virgem não tem o calor que procuro nem a experiência que lhe exijo. Mulher que eu queira, nestes dias que correm, tem de saber o que quer e o que não quer, que me quer a mim e não a outro, sabendo que o outro não lhe serve, de facto e não em teoria, mas apenas eu.

Depois, e por fim, o ímpeto de desflorar apenas porque é coisa de homem, marcante na vida da menina em questão, não me atrai, não sou tão inseguro assim.

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