Pelos vistos, se colocarmos um sapo numa panela com água e formos aumentando a temperatura da água de uma forma progressiva este será cozido sem dar por ela e sem tentar escapar.
Não somos todos assim?
Nunca olharam para uma situação que entendem como incomportável, intolerável e decadente e, ainda assim, viram lá pessoas como se nada de anómalo se passasse? Pois, seguramente que sim.
Agora, já imaginaram que pensam o mesmo de vocês e de mim e de todos os outros? Já imaginaram que como nós fazemos na janela dos outros há quem faça na nossa? Já imaginaram que estarão, neste preciso momento, a olhar para nós e a pensar "como é possível? eu não tolerava nem admitia aquilo, caso fosse a pessoa que agora observo".
Não, não se trata de uma apreciação valorativa minha. Já tive muito de moralista mas, hoje em dia, tenho muito pouco.
Trata-se, apenas, de atestar a evidência de que é incrível aquilo a que nos conseguimos adaptar, todos nós. Pior: atestar que nos habituamos, como o sapo, ao aumento da temperatura que nos rodeia ao ponto de encontrar, visivelmente, a água em ebulição e, ainda assim, não nos parecer quente demais.
As revoluções fazem-se assim.
Um dia, quando estamos todos no caldeirão, a cozer, vem um tipo que nos olha da janela e decide, mais do que observar, dizer "pessoal, a água está a ferver! Mais cedo do que mais tarde vocês estão cozidos" (o que, em bom português se equivale a fodidos).
É, se pensarmos nisso, a constatação de uma evidência por quem se encontra relativamente afastado do quadro, um coisa parecida com aquilo que caiu na moda dizer-se, que nos concentramos na árvore e não vemos a floresta.
Por ter tudo isto como uma evidência, tento, regularmente, sair do caldeirão para saber, exactamente, onde estou metido mas, em boa verdade, tenho a certeza que nem sempre consigo ou consigo muito menos vezes do que o que devia.
Agora, quem ainda não percebeu isto...
Não somos todos assim?
Nunca olharam para uma situação que entendem como incomportável, intolerável e decadente e, ainda assim, viram lá pessoas como se nada de anómalo se passasse? Pois, seguramente que sim.
Agora, já imaginaram que pensam o mesmo de vocês e de mim e de todos os outros? Já imaginaram que como nós fazemos na janela dos outros há quem faça na nossa? Já imaginaram que estarão, neste preciso momento, a olhar para nós e a pensar "como é possível? eu não tolerava nem admitia aquilo, caso fosse a pessoa que agora observo".
Não, não se trata de uma apreciação valorativa minha. Já tive muito de moralista mas, hoje em dia, tenho muito pouco.
Trata-se, apenas, de atestar a evidência de que é incrível aquilo a que nos conseguimos adaptar, todos nós. Pior: atestar que nos habituamos, como o sapo, ao aumento da temperatura que nos rodeia ao ponto de encontrar, visivelmente, a água em ebulição e, ainda assim, não nos parecer quente demais.
As revoluções fazem-se assim.
Um dia, quando estamos todos no caldeirão, a cozer, vem um tipo que nos olha da janela e decide, mais do que observar, dizer "pessoal, a água está a ferver! Mais cedo do que mais tarde vocês estão cozidos" (o que, em bom português se equivale a fodidos).
É, se pensarmos nisso, a constatação de uma evidência por quem se encontra relativamente afastado do quadro, um coisa parecida com aquilo que caiu na moda dizer-se, que nos concentramos na árvore e não vemos a floresta.
Por ter tudo isto como uma evidência, tento, regularmente, sair do caldeirão para saber, exactamente, onde estou metido mas, em boa verdade, tenho a certeza que nem sempre consigo ou consigo muito menos vezes do que o que devia.
Agora, quem ainda não percebeu isto...
1 Comments:
GOSTO DE TE LER...
BJKS
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