Gostava de ser mais indiferente aos discursos que ouço. Ser-me-ia útil e bastante benéfico à saude e sanidade mental.
Não sou daqueles que acham que o povo é parvo mas também não o acho genial. Entendo-o como entendo a maioria das pessoas (talvez isto seja uma outra definição de povo): não as acho burras nem geniais.
O que é engraçado é ver que quando alguém se dirige às massas entende-a, quase em exclusivo, como um destes polos opostos; este alguém é capaz de mentir escandalosamente e crer que a massa que o ouve acredita mas, no mesmo discurso ou talvez num outro tangencial, é capaz de apelar a conceitos densos, indeterminados e para os quais só gente preparada é capaz de entender (reparem que disse preparada e não inteligente).
Reparem o que por aqui se passa, por aqui Portugal e, até, por aqui Europa:
Há uma preocupação geral de que o continente, bem como Portugal, esteja a virar à direita e a verdade é que está mesmo; há também quem entenda esta viragem como preocupante e a verdade é que é mesmo...não por ser à direita mas por ser extremada ou em vias de extremar e isto sim é preocupante: o extremar, quer seja à direita ou à esquerda.
Ora, muitoas artigos de opinião entendem esta viragem como consciente, ou seja, uma vontade intrínsica de largar valores de esquerda ou de centro em favor da direita.
Não acho nada disto.
O que acontece é que isto está uma merda, desde a economia ao civismo. Há uma debacle económica que leva tudo atrás de si como, de resto, é habitual.
Então, quem perdeu foi quem estava à frente dos respectivos países quando a coisa correu mal. Não interessa às pessoas (de forma correcta ou não, não discutirei isso agora) a inclinação teórica ou agendas ideológicas quando sofrem e não encontram uma saída; não interessa se endeusam Marx ou Engels, se preferem Hitler ou Estaline e, em casos absolutamente extremos, se são do Porto ou do Benfica. O que interessa, e nada mais interessa, é que a sua vida, tal como a conhecem, não acabe; o que interessa é que haja pão, o circo vê-se depois.
É interesse, tudo é interesse.
A ideologia é tema de assunto para muitos mas modo de vida para uns poucos afortunados que se podem preocupar em convencer os outros porque alguém lhes trará a fruta à boca.
Não sou daqueles que acham que o povo é parvo mas também não o acho genial. Entendo-o como entendo a maioria das pessoas (talvez isto seja uma outra definição de povo): não as acho burras nem geniais.
O que é engraçado é ver que quando alguém se dirige às massas entende-a, quase em exclusivo, como um destes polos opostos; este alguém é capaz de mentir escandalosamente e crer que a massa que o ouve acredita mas, no mesmo discurso ou talvez num outro tangencial, é capaz de apelar a conceitos densos, indeterminados e para os quais só gente preparada é capaz de entender (reparem que disse preparada e não inteligente).
Reparem o que por aqui se passa, por aqui Portugal e, até, por aqui Europa:
Há uma preocupação geral de que o continente, bem como Portugal, esteja a virar à direita e a verdade é que está mesmo; há também quem entenda esta viragem como preocupante e a verdade é que é mesmo...não por ser à direita mas por ser extremada ou em vias de extremar e isto sim é preocupante: o extremar, quer seja à direita ou à esquerda.
Ora, muitoas artigos de opinião entendem esta viragem como consciente, ou seja, uma vontade intrínsica de largar valores de esquerda ou de centro em favor da direita.
Não acho nada disto.
O que acontece é que isto está uma merda, desde a economia ao civismo. Há uma debacle económica que leva tudo atrás de si como, de resto, é habitual.
Então, quem perdeu foi quem estava à frente dos respectivos países quando a coisa correu mal. Não interessa às pessoas (de forma correcta ou não, não discutirei isso agora) a inclinação teórica ou agendas ideológicas quando sofrem e não encontram uma saída; não interessa se endeusam Marx ou Engels, se preferem Hitler ou Estaline e, em casos absolutamente extremos, se são do Porto ou do Benfica. O que interessa, e nada mais interessa, é que a sua vida, tal como a conhecem, não acabe; o que interessa é que haja pão, o circo vê-se depois.
É interesse, tudo é interesse.
A ideologia é tema de assunto para muitos mas modo de vida para uns poucos afortunados que se podem preocupar em convencer os outros porque alguém lhes trará a fruta à boca.
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