Não percebo a incapacidade de muita gente em reconhecer e assumir que não entendem determinadas coisas. Reparem, não digo todas as coisas porque, volta e meia, temos de parecer mais do que ser porque temos ou algo a ganhar ou algo a perder mas estes casos, para mim, são exclusivamente profissionais e, mesmo neste caso, raros.
Coisa diferente, por exemplo, é a questão cultural.
Neste caso o efeito é quase cataclísmico. À custa desta suposta vergonha de não conseguir decifrar o indecifrável nascem intelectuais que não o são e estrelas que nunca brilharam.
Quantos de nós percebem David Lynch? Seguramente muitos menos do que aqueles que afirmam gostar dele.
Quantos de nós perceberam a Casa Amarela do César Monteiro (para não falar do Capuchinho Vermelho)? Talvez os mesmos ou mais do que no caso do Lynch.
Quantos de nós gostam, verdadeiramente, de Saramago? Eu nunca consegui terminar (na verdade, avançar mais de 30 páginas) de um livro seu...e já tentei 3 obras diferentes!!!
O reflexo disto é a tentativa que vemos por aí de gente usar polissílabos sem os entender, de usar figuras de estilo despropositadas e erradas para um efeito desconhecido e a praga da poesia sem métrica nem significado.
Por mim, podem correr e saltar, chamar-me inútil ou burro, atirarem-me com a pedra da ignorância ou da pura estupidez, não me importo; não há, para mim, motivo algum para perder tempo com pedantismo, arrogância e suposto vanguardismo; não há, para mim, motivo algum para me forçar a afeiçoar ao que não tem linha condutora, qualidade gramatical nem sintática; não há, para mim, motivo para gente lamechas e cinzenta que se crê romântica e sofredora.
Parece-me ouvir alguém dizer que cada um faz o que quer fazer e exprime-se como muito bem entender. Não poderia estar mais de acordo. Na verdade, eu faço o mesmo.
Esta minha incapacidade de tolerar estupidez nada tem que ver com a imposição de formas correctas ou erradas de comunicar. Esta incapacidade que me assola é mais virada para o que quem não é (porque não sabe ou porque não nasceu para isto) tente parecer. Não há nada mais ridículo do que o estigma português de que todos sabemos falar espanhol e aqui a coisa é mais ou menos a mesma.
Exprimam-se e cometam, até, atentados contra a gramática, apoio isso incondicionalmente.
Agora, não empestem caractéres de insignificânias pseudo-líricas; não sejam tão forma e tão pouco conteúdo; não creiam nos idiotas que alogiam o que vocês fazem meramente porque não entendem e não o conseguem reconhecer...até porque, normalmente, estavam certos à primeira: não entendem eles nem ninguém.
Coisa diferente, por exemplo, é a questão cultural.
Neste caso o efeito é quase cataclísmico. À custa desta suposta vergonha de não conseguir decifrar o indecifrável nascem intelectuais que não o são e estrelas que nunca brilharam.
Quantos de nós percebem David Lynch? Seguramente muitos menos do que aqueles que afirmam gostar dele.
Quantos de nós perceberam a Casa Amarela do César Monteiro (para não falar do Capuchinho Vermelho)? Talvez os mesmos ou mais do que no caso do Lynch.
Quantos de nós gostam, verdadeiramente, de Saramago? Eu nunca consegui terminar (na verdade, avançar mais de 30 páginas) de um livro seu...e já tentei 3 obras diferentes!!!
O reflexo disto é a tentativa que vemos por aí de gente usar polissílabos sem os entender, de usar figuras de estilo despropositadas e erradas para um efeito desconhecido e a praga da poesia sem métrica nem significado.
Por mim, podem correr e saltar, chamar-me inútil ou burro, atirarem-me com a pedra da ignorância ou da pura estupidez, não me importo; não há, para mim, motivo algum para perder tempo com pedantismo, arrogância e suposto vanguardismo; não há, para mim, motivo algum para me forçar a afeiçoar ao que não tem linha condutora, qualidade gramatical nem sintática; não há, para mim, motivo para gente lamechas e cinzenta que se crê romântica e sofredora.
Parece-me ouvir alguém dizer que cada um faz o que quer fazer e exprime-se como muito bem entender. Não poderia estar mais de acordo. Na verdade, eu faço o mesmo.
Esta minha incapacidade de tolerar estupidez nada tem que ver com a imposição de formas correctas ou erradas de comunicar. Esta incapacidade que me assola é mais virada para o que quem não é (porque não sabe ou porque não nasceu para isto) tente parecer. Não há nada mais ridículo do que o estigma português de que todos sabemos falar espanhol e aqui a coisa é mais ou menos a mesma.
Exprimam-se e cometam, até, atentados contra a gramática, apoio isso incondicionalmente.
Agora, não empestem caractéres de insignificânias pseudo-líricas; não sejam tão forma e tão pouco conteúdo; não creiam nos idiotas que alogiam o que vocês fazem meramente porque não entendem e não o conseguem reconhecer...até porque, normalmente, estavam certos à primeira: não entendem eles nem ninguém.
1 Comments:
olá, visita aqui ao teu blog. o que tens feito? não vi mais vc pelo msn... bom final de semana pra vc !!
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