Ontem lembrei-me de tempos idos em que via a minha avó e, ainda que durante pouco tempo, a minha mãe a lavarem roupa na pia. Sim, houve um tempo em que não havia máquina de lavar em minha casa.
Isto não diz muito além do facto de que hoje estamos (virtualmente todos nós) melhor do que há anos atrás. É uma evidência que me parece indiscutível até, se não nos interessar ver mais do que isso, pelo facto de que a idade em que batemos a bota vai ficando cada vez mais avançada.
Contudo, como acontece a quem come pela primeira vez marmelada, o monstro ganhou uma vida própria. Este consumismo consome-nos. E não me entendam mal, eu gosto muito de coisas mas houve um ponto numa qualquer linha em que o consumismo ultrapassou a produção.
Como não sou matemático, estatístico ou coisa parecida vou limitar-me à diferença com que o trabalho é encarado.
Num mundo ideal, o trabalho é encarado como uma contribuição para o todo, como um orgulho, brio naquilo que fazemos e, por conseguinte e em consequência, trata das nossas necessidades.
Num mundo menos ideal e mais próximo, o trabalho serve para irmos melhorando de vida, trabalhando para termos mais riqueza para, posteriormente, podermos adquirir o que queremos, sejam viagens, carros ou telemóveis.
Neste mundo, primeiro queremos e depois trabalhamos. Desde há, talvez, duas décadas passamos a comprar primeiro para pagar depois e o trabalho transformou-se neste eterno correr atrás do prejuízo.
Impacto?
Quando o trbalho falta ficamos agarrados a coisa nenhuma, porque não poupámos, e a dever o que não temos, porque ainda não havia dinheiro mas já havia a coisa.
Esta inversão de prioridades (poderia dizer de valores mas isso far-me-ia sentir muito mais velho) está a aniquilar-nos...e, visto assim, até parece impossível; parace impossível que o carro que temos à porta de casa nos fodeu; pior, parece impossível que o nosso telemóvel, que acabámos de desligar, ainda nos fode.
Há uns tempos li um livro chamado O Lobo de Wallstreet, uma história contada pelo próprio lobo. Ora, no caso dele, não esperava que a televisão e a publicidade fodesse os seus empregados, não; este encorajava-os, a plenos pulmões, que gastassem já o que não tinham porque era certo que viriam a ter.
A cenoura está sempre um palmo à frente do nariz.
Isto não diz muito além do facto de que hoje estamos (virtualmente todos nós) melhor do que há anos atrás. É uma evidência que me parece indiscutível até, se não nos interessar ver mais do que isso, pelo facto de que a idade em que batemos a bota vai ficando cada vez mais avançada.
Contudo, como acontece a quem come pela primeira vez marmelada, o monstro ganhou uma vida própria. Este consumismo consome-nos. E não me entendam mal, eu gosto muito de coisas mas houve um ponto numa qualquer linha em que o consumismo ultrapassou a produção.
Como não sou matemático, estatístico ou coisa parecida vou limitar-me à diferença com que o trabalho é encarado.
Num mundo ideal, o trabalho é encarado como uma contribuição para o todo, como um orgulho, brio naquilo que fazemos e, por conseguinte e em consequência, trata das nossas necessidades.
Num mundo menos ideal e mais próximo, o trabalho serve para irmos melhorando de vida, trabalhando para termos mais riqueza para, posteriormente, podermos adquirir o que queremos, sejam viagens, carros ou telemóveis.
Neste mundo, primeiro queremos e depois trabalhamos. Desde há, talvez, duas décadas passamos a comprar primeiro para pagar depois e o trabalho transformou-se neste eterno correr atrás do prejuízo.
Impacto?
Quando o trbalho falta ficamos agarrados a coisa nenhuma, porque não poupámos, e a dever o que não temos, porque ainda não havia dinheiro mas já havia a coisa.
Esta inversão de prioridades (poderia dizer de valores mas isso far-me-ia sentir muito mais velho) está a aniquilar-nos...e, visto assim, até parece impossível; parace impossível que o carro que temos à porta de casa nos fodeu; pior, parece impossível que o nosso telemóvel, que acabámos de desligar, ainda nos fode.
Há uns tempos li um livro chamado O Lobo de Wallstreet, uma história contada pelo próprio lobo. Ora, no caso dele, não esperava que a televisão e a publicidade fodesse os seus empregados, não; este encorajava-os, a plenos pulmões, que gastassem já o que não tinham porque era certo que viriam a ter.
A cenoura está sempre um palmo à frente do nariz.
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