Deve ter havido um conjunto enorme de motivos que me remeteram para o curso que tirei e, em última análise, para a profissão que exerço.
Contrariamente ao que acontecia há anos atrás, hoje é muito mais "social" dizer que tudo foi obra do acaso, que o que se pretendia era uma coisa mas que, afinal, um qualquer advento celestial fez mudar tudo; o acaso ganhou a corrida.
Eu não. Desde que adquiri uma consciência próxima da adulta soube o que queria ser.
O que mais me atraiu e atrai é a possibilidade de tudo mudar com a mesma velocidade com que mudamos de cadeira. Não, não me refiro aquela epifania, também ela em moda, em que, por magia, toda a nossa vida muda; não, não falo de magia; não, não se acende uma luz.
A coisa não muda, o que mudamos somos nós.
Por exemplo:
Imaginemos o clássico que é uma história de amor em que um dos enamorados prescinde do outro para que este último seja feliz.
O Grupo A (muito mais numeroso) suspira naquela extase admirada. Vê ali uma demonstração do verdadeiro amor! Sonha viver algo tão intenso um dia (bem...um pouco menos intenso porque não quer ficar sozinho).
O Grupo B (muito menos numeroso) revira os olhos. Vê ali uma cobardia imensa! Ganha asco ao que abandona porque o que abandona tem medo da magnitude daquilo que lhe é apresentado. Não vê ali amor, vê ali medo.
O Grupo C (meia dúzia de gatos pingados) não sente pena do que é abandonado mas do que abandona; não sente asco por nenhum dos dois. Para estes, o que ali se mostra é um tipo que não gosta de si e, por isso, não acredita merecer o outro e não vislumbra como poderá fazer alguém feliz.
Isto, para mim, é a beleza do dia a dia.
Poderemos fazer mais uma enorme confabulação para tentar entender porque cada um dos grupos vê como vê e, mais importante, sente como sente mas, se o fizermos, descobriremos, novamente, que o lugar onde nos sentamos vai dizer-nos coisas diferentes sobre a mesmíssima situação.
Segui o que ainda sigo e nunca tive dúvidas que não poderia ir para muitos outros lugares.
Não sei ver a preto e branco a não ser que isso me dê jeito. Só que, bem vistas as coisas, quando escolhemos onde queremos ver a preto e branco essa escolha já não é, em si, monocromática.
Contrariamente ao que acontecia há anos atrás, hoje é muito mais "social" dizer que tudo foi obra do acaso, que o que se pretendia era uma coisa mas que, afinal, um qualquer advento celestial fez mudar tudo; o acaso ganhou a corrida.
Eu não. Desde que adquiri uma consciência próxima da adulta soube o que queria ser.
O que mais me atraiu e atrai é a possibilidade de tudo mudar com a mesma velocidade com que mudamos de cadeira. Não, não me refiro aquela epifania, também ela em moda, em que, por magia, toda a nossa vida muda; não, não falo de magia; não, não se acende uma luz.
A coisa não muda, o que mudamos somos nós.
Por exemplo:
Imaginemos o clássico que é uma história de amor em que um dos enamorados prescinde do outro para que este último seja feliz.
O Grupo A (muito mais numeroso) suspira naquela extase admirada. Vê ali uma demonstração do verdadeiro amor! Sonha viver algo tão intenso um dia (bem...um pouco menos intenso porque não quer ficar sozinho).
O Grupo B (muito menos numeroso) revira os olhos. Vê ali uma cobardia imensa! Ganha asco ao que abandona porque o que abandona tem medo da magnitude daquilo que lhe é apresentado. Não vê ali amor, vê ali medo.
O Grupo C (meia dúzia de gatos pingados) não sente pena do que é abandonado mas do que abandona; não sente asco por nenhum dos dois. Para estes, o que ali se mostra é um tipo que não gosta de si e, por isso, não acredita merecer o outro e não vislumbra como poderá fazer alguém feliz.
Isto, para mim, é a beleza do dia a dia.
Poderemos fazer mais uma enorme confabulação para tentar entender porque cada um dos grupos vê como vê e, mais importante, sente como sente mas, se o fizermos, descobriremos, novamente, que o lugar onde nos sentamos vai dizer-nos coisas diferentes sobre a mesmíssima situação.
Segui o que ainda sigo e nunca tive dúvidas que não poderia ir para muitos outros lugares.
Não sei ver a preto e branco a não ser que isso me dê jeito. Só que, bem vistas as coisas, quando escolhemos onde queremos ver a preto e branco essa escolha já não é, em si, monocromática.
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