Não tenho talento para trair.
Este é um dos dois motivos que me levam a não ter relacionamentos sérios em maior número.
Se tenho algum problema em mentir? Não.
Se tenho algum problema em mentir a alguém de quem gosto? Não.
O problema não é mentira, nem a capacidade para o fazer nem a verosimilhança que lhe empresto, o problema é mesmo a traição e aquilo de que me tento desfazer há tempos imemoriais e não consigo: a consciência.
Quando minto faço-o com intenção e com a certeza de que aquela mentira facilita a vida a alguém, ou ao que mente ou aquele a quem se mente. Como a coisa é racionalizada desta forma, a minha consciência não sofre nem aparece, tudo está bem.
O problema com a traição é que não minto porque quero mas porque sou obrigado a fazê-lo; não é algo que se revele em pesar uma coisa com a outra e daí extrair um resultado que me indicará o que tenho a ganhar ou o que tenho a perder...é uma reacção, um reflexo, uma luta pela sobrevivência e, nestes casos, estamos onde nunca gosto de estar que é entre a espada e a parede.
Não se confundam, consigo ser igualmente eficiente nesta mentira mas dilacera-me; o preço que pago é demasiado alto mas, ainda assim, pago-o porque se não for eu a fazê-lo será quem foi traído e, neste caso, a minha consciência não pesa mas a outra pessoa fode-se.
Então? Duas saídas: Não trair ou não ter relacionamentos e, como todos sabemos, a mais eficaz é não ter relacionamentos.
Não quero com isto dizer que ficarei para sempre sozinho - pelo menos por escolha própria - mas afirmo, com a força de todas as minhas células, que esta coisa de só aceitar estar com alguém de quem gosto realmente traz umas frias noites de inverno, de vez em quando.
Este é um dos dois motivos que me levam a não ter relacionamentos sérios em maior número.
Se tenho algum problema em mentir? Não.
Se tenho algum problema em mentir a alguém de quem gosto? Não.
O problema não é mentira, nem a capacidade para o fazer nem a verosimilhança que lhe empresto, o problema é mesmo a traição e aquilo de que me tento desfazer há tempos imemoriais e não consigo: a consciência.
Quando minto faço-o com intenção e com a certeza de que aquela mentira facilita a vida a alguém, ou ao que mente ou aquele a quem se mente. Como a coisa é racionalizada desta forma, a minha consciência não sofre nem aparece, tudo está bem.
O problema com a traição é que não minto porque quero mas porque sou obrigado a fazê-lo; não é algo que se revele em pesar uma coisa com a outra e daí extrair um resultado que me indicará o que tenho a ganhar ou o que tenho a perder...é uma reacção, um reflexo, uma luta pela sobrevivência e, nestes casos, estamos onde nunca gosto de estar que é entre a espada e a parede.
Não se confundam, consigo ser igualmente eficiente nesta mentira mas dilacera-me; o preço que pago é demasiado alto mas, ainda assim, pago-o porque se não for eu a fazê-lo será quem foi traído e, neste caso, a minha consciência não pesa mas a outra pessoa fode-se.
Então? Duas saídas: Não trair ou não ter relacionamentos e, como todos sabemos, a mais eficaz é não ter relacionamentos.
Não quero com isto dizer que ficarei para sempre sozinho - pelo menos por escolha própria - mas afirmo, com a força de todas as minhas células, que esta coisa de só aceitar estar com alguém de quem gosto realmente traz umas frias noites de inverno, de vez em quando.
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