Thursday, January 26, 2012

Neste tumultuoso continente Europeu a questão do "quanto" tem-se revelado cada vez mais importante, nomeadamente, seguida das palavras "mais iremos aguentar?".
Historicamente, foi uma questão cuja resposta nunca foi amável ou agradável; isto porque raramente foi elencada em palavras e ainda mais raramente se avisou quando iria ser dada.

Não sou fatalista nem revolucionário. Não desejo tumultos, não desejo desacatos e muito menos desejo sangue mas, por este caminho, a coisa poderá resvalar, em crescendo, para todos eles.
Se pararem um pouco para olhar em volta, nem sequer é preciso uma consciência histórica, irão reparar que as mais incontroláveis pessoas são aquelas que nada têm a perder. Ok, poderão chamar-me de La Palisse mas a verdade é que só há bem pouco tempo me dei conta que a paz não se faz pelos ricos, de classe alta, nem pelas pobres, de classe baixa. Em ambos os casos, por muito estranho e abominável que isso pareça, eles querem mais e quando se quer mais tem de se tentar tirar a quem o tem. Quem contribui para a paz são os do meio, é uma classe média, que tem mais do que pouco mas menos que muito, são aqueles que pretendem manter e não perder nem ganhar, são aqueles que se querem longe da confusão e que os deixem estar.

A sociedade ocidental moderna ganhou a sua estabilidade e paz pós II GGM com base nestas pessoas.
A resposta que não quero ouvir e muito menos sentir, o que será tarde, é o que acontecerá quando os do meio deixarem de existir.

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