Acabei agora de ler um artigo em que o entrevistado dizia que a guerra contra o terrorismo é uma fachada e que a única coisa que, realmente, importa, é o petróleo. Acrescente-se, ainda, que não é apenas a guerra contra o terrorismo que é uma farsa mas também o suposto apoio às revoltas da Primavera Árabe que mais não é um outro caminho para a mesma finalidade.
Estranho mundo este em que concordo parcialmente com o que o tipo em questão diz.
A única coisa com a qual não concordo, na verdade, é chamar "fachada" à guerra contra o terrorismo. Não acho que seja uma fachada. Acho que ela existe porque foi provocada (sendo certo que a questão de "quem provocou quem primeiro" é controversa) e tem de ser travada.
Infelizmente, embora não a chame de "fachada", o efeito prático da coisa não é assim tão diferente, isto é, o que me parece é que se aproveitou a guerra contra o terrorismo para outras finalidade que entroncaram de forma forçada nesta demanda.
O que teve o Iraque que ver com isto? Alguém acreditou que lá andassem armas de destruição? Será possível?
Onde anda o apoio efectivo, não meramente verbal, contra ditadores que não têm o azar de ter petróleo? A Síria demora tanto quando a Líbia foi tão rápida? A tragédia africana é menor que a da Líbia e o o Iraque foi? Não.
É trista tudo isto.
É triste que tudo se resuma a interesse energético - que não deve ser, contudo, desvalorizado - e não a direitos humanos e mais do que triste por tudo isto é ainda mais triste gozar com povos fingindo que alguém se importa com eles, ou melhor, APENAS com eles.
A questão principal que, a mim, se levanta é mais difícil de responder:
Será que quem está obcecado com a energia e relega para segundo plano cidadãos que não os seus está errado? Para ser bonito diria "sim" mas para ser verdadeiro direi "não sei".
Estranho mundo este em que concordo parcialmente com o que o tipo em questão diz.
A única coisa com a qual não concordo, na verdade, é chamar "fachada" à guerra contra o terrorismo. Não acho que seja uma fachada. Acho que ela existe porque foi provocada (sendo certo que a questão de "quem provocou quem primeiro" é controversa) e tem de ser travada.
Infelizmente, embora não a chame de "fachada", o efeito prático da coisa não é assim tão diferente, isto é, o que me parece é que se aproveitou a guerra contra o terrorismo para outras finalidade que entroncaram de forma forçada nesta demanda.
O que teve o Iraque que ver com isto? Alguém acreditou que lá andassem armas de destruição? Será possível?
Onde anda o apoio efectivo, não meramente verbal, contra ditadores que não têm o azar de ter petróleo? A Síria demora tanto quando a Líbia foi tão rápida? A tragédia africana é menor que a da Líbia e o o Iraque foi? Não.
É trista tudo isto.
É triste que tudo se resuma a interesse energético - que não deve ser, contudo, desvalorizado - e não a direitos humanos e mais do que triste por tudo isto é ainda mais triste gozar com povos fingindo que alguém se importa com eles, ou melhor, APENAS com eles.
A questão principal que, a mim, se levanta é mais difícil de responder:
Será que quem está obcecado com a energia e relega para segundo plano cidadãos que não os seus está errado? Para ser bonito diria "sim" mas para ser verdadeiro direi "não sei".
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