Thursday, February 09, 2012

É preciso válvulas de escape, como a panela de pressão as tem.

Quando vejo manifestações, greves, insultos no trânsito, discussões por coisa nenhuma na rua e afins não retiro, imediatamente, daí que estejamos no terceiro mundo ou numa sociedade atrasada ou entre marginais de terceira categoria. É verdade que a evolução é medida, em larga escala, pela educação e sã convivência entre os cidadãos que compõe uma determinada sociedade mas, como não há sociedades perfeitas - por muito que os comunistas nos digam que é possível - vai sempre haver fricção e descontentamento e torna-se necessário...aliviar a pressão.

Apesar de ser manifestamente simplista e, por isso, passível de erro, poderemos tentar ver a sociedade como uma pessoa. Por exemplo, os problemas que afectam um cidadão do Darfur são muito diferentes dos que afectam um holandês e, se optarmos por uma métrica objectiva, são muito mais graves os do primeiro do que os do segundo; contudo, as medidas raramente são objectivas. Enquanto a Paris Hilton é capaz de colar por não conseguir uma reserva num determinado restaurante, o português médio stressa porque lhe constrange o orçamento uma sandes fora de casa. Ora, sendo evidente que o português sofre mais, objectivamente, não é tão claro que o faça subjectivamente, isto porque os problemas são aferidos pelo seu enquadramento socio-económico.

É preciso que se barafuste, de quando em vez e sem um motivo muito grave para o fazer porque quando se espera que a capacidade de aguentar atinja o seu limite passamos de uma altercação para uma explosão.

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