Saturday, June 01, 2013

Drones

Esta discussão tem vindo para a praça pública e levantado muitas dúvidas quanto à legitimidade de utilizar estes aparelhos de guerra e quanto à própria forma como se usam.

Uma das partes mais interessantes da coisa é que é um Prémio Nóbel da Paz quem faz o apanágio da sua utilização e quem os guia, metaforicamente.
Perante a indignação generalizada quanto a este facto, tenho a dizer que a única coisa que me faz alguma confusão é o Obama ter aceitado o prémio. Era evidente que não poderia fazer jus a este epíteto quando, à data, já estava envolvido em duas guerras.
Esta tentativa de o condicionar foi, também ela, evidente e mais evidente (uma terceira vez, tão clara é a coisa) era que ele não aceitou comprometer-se em totnar-se a Madre Teresa como demonstrou no próprio discurso de aceitação.

Outra parte que me parece interessante é que fosse Bush a dar tanto uso aos Drones e talvez a coisa fosse menos bem aceite do que é agora.
Aqui, o que me parece é que se junta a cor do Obama, o facto de ele ser, de facto, cool, hip e com mais sentido de Estado, bom-senso e inteligência.
Ainda assim, não é descabido pensar que o mesmo assassinato tem pesos diferentes dependendo da mão do assassino.

A terceira coisa interessante é a inevitabilidade.
Não me parece plausível que os Drones, por muita pressão que se faça ou venha a fazer voltem a não existir. O coelho saiu da cartola, nada há a fazer.
Nem mesmo os americanos que são contra a utilização de Drones poderão dizer que não quando confrontados com a pergunta se preferem comprometer um pouco (ou muito, depende das perspectivas) a sua integridade ou que morram mais soldados do que o que seria necessário. Pergunta ingrata mas inevitável.

Os Drones são o passo seguinte à, por exemplo, Internet.
Parece que estamos todos ligados com a humanidade mas a humanidade é uma outra coisa.

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