Co-Adopção II
Como era de prever aquilo que mais me irrita na discussão que envolve a suposta modernidade aconteceu.
Neste últimos dias quem por algum motivo estivesse contra a adopção (co ou de outro tipo qualquer) por casais homossexuais era desde xenófobo a neandertal (que começam a parecer sinónimos), desde espancadores de mulheres a néscios.
É isto que me irrita profundamente nesta discussão e que faz os defensores dos direitos dos homossexuais (que também sou mas considero que a questão da adopção não tem que ver com os homossexuais mas com as crianças) serem o espelho fiél dos homófobos que tanto odeiam: são fundamentalistas, radicais e incapazes de entender pensamentos diferentes.
A isto juntam-se os artistas (de quem também gosto) que sobem a qualquer parte e que dizem coisas como a aprovação da co-adopção prova que Portugal vale a pena e estamos na vanguarda dos direitos humanos. Vanguarda dos direitos humanos? Passem pelas ruas mais movimentadas e vejam como na vanguarda estamos pela qualidade dos cobertores (quando os há) utilizados pelos sem-abrigo na porta das lojas ou dentro das casinhas dos multibancos.
Traduzindo, ainda assim: Somos avançados porque permitimos tanto o casamento como a co-adopção e serão, naturalmente, atrasados todos os que forem contra isto.
Outra coisa que me parece extraordinária é que a maioria dos convidados dos programas de televisão que vão defender que não deveria ter sido aprovado o diploma são, de facto, mentecaptos; são, de facto, homofobos; vivem, de facto, no século passado.
Isto é mesmo intrigante...
Tenho a certeza que haverá gente equilobrada e ajuízada que não é favorável à adopção...mas onde andam eles? Fico com a nítida sensação que os media os evitam...
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