Saturday, June 15, 2013

Snobismo

Acho que não padeço do mal de ser snob mas não posso jurar porque é daquelas coisas que se vê melhor de fora. Aceito, ainda assim, que de tempos a tempos o posso parecer porque de tempos a tempos fico irritado e nessas alturas sou tudo de mal que pode haver no mundo.

Podia utilizar milhões de exemplos mas vou ficar-me pela música.
Para muita gente é absurdo alguém gostar de Toni Carreira ou de Britney Spears ou de Rihanna ou de George Michael ou de Muñoz e Mariano ou de tudo que a este tipo de cantores se assemelhe. E é absurdo por várias razões, algumas delas até justas, mas a principal delas é que muita gente gosta de os ouvir cantar e isso será um dos maiores crimes que um cantor pode cometer!
(Há uns anos, aquando do sucesso, perguntaram ao Ben Harper o que ele achava da desilusão dos fãs mais antigos que acharam que ele se tinha vendido ao tornar-se comercial. Ele respondeu que não percebia porque a única diferença, na música dele, entre o antes e o depois era que agora tinha mais gente a ouvi-lo e não achava que tivesse de pedir desculpa porque teve a sorte de começar a passar na rádio.)
Há, ainda assim, dois tipos diferentes: os que não gostam porque acham pobre musicalmente (o que vale para, por exemplo, o Munõz e Mariano mas já não para o George Michael) e aqueles que os acham pimba e meramente comercial (poderia dar exemplos disso e do seu contrário como fiz anteriormente).

Ainda assim, o crime é o maior número de gente que os ouve e isso faz com que a minoria (pretensa porque ouve a mesma coisa mas imperceptivelmente) não se sinta especial.
Para mim, há música boa e música má, só e apenas.

Off Topic mas ainda relacionado:
Ontem fiz isto:
Perguntei a um amigo se gostava de Rihanna e de Britney Spears sabendo que a resposta ia ser, como foi, negativa.
Em seguida, mostrei-lhe, no Youtube, o Hit Me Baby One More Time (Spears) cantado pelos Travis. Como não identificou a música, gostou.
Depois, mostrei-lhe o Please Don´t Stop The Musica (Rihanna) cantada pelo Jamie. Como não identificou a música, gostou.
A diferença das covers para as originais nem sequer é grande. O ritmo até pode ser diferente, bem como a execução, mas a melodia é a mesma e, obviamente, também as letras o são.

As pessoas ouvem o que querem ouvir e não o que está a tocar.

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