A Parafrasear, Porque Não Presto Atenção Suficiente
Quando fiquei conhecido, a minha editora queria atribuir-me guarda-costas porque houve muita gente que não gostou do que escrevi.
Pensei que era parvo, e recusei... depois dei por mim a ficar nervoso em público, tenso e um bocado paranóico com medo de ser atacado.
Então, arranjei o treinador mais fodido que encontrei, o maior e mais intimidador, e comecei a encher.
Agora, pareço um guarda-costas e estou mais calmo.
Passei pelo mesmo, excluindo ser famoso, mas ao contrário.
Desde sempre fui grandinho e quando dei pelo facto de que estava a mirrar ou que pensei que estava a mirrar comecei a encher.
Pode-se pensar que é parvo, porque, afinal, costas largas são tão à prova de bala como costas estreitas, certo? Certo mas o princípio é outro: Confiança e a confiança já é mais parecida com alguma coisa à prova de bala.
Quando chego às conferência, agora, com o meu ar de guarda-costas no meio de professores e académicos e banqueiros de investimento ficam a olhar para mim de lado. É suposto ser desmazelado e pastilento. Não sou uma coisa nem outra, não visto o papel e gosto disso.
Compreendo.
Eu também.
Estas duas são do Nassim Taleb
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No seu leito de morte, um poderoso avô diz ao neto favorito de todos aqueles que com ele contactavam o seguinte:
Não tens um único inimigo de nota. Toda a gente gosta de ti, ninguém te critica nem fala mal dos teus actos.
És uma desilusão....
Compreendo.
Tendo a concordar
Esta não me lembro onde desencantei.
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