Monday, August 10, 2015

Ferreiros e Espetos de Pau

Num dos dias deste FDS fui jantar a casa de uma amiga na companhia de mais 4 (confirmo, era a única pila presente, o que se tem tornado mais comum do que seria expectável, e, além de ser a única pila presente ainda me foi pedido que a mostrasse, coisa que não fiz porque coloquei como condição que fosse diligenciado no sentido de a mostrar em extensão).

Uma delas, a minha melhor amiga, estava a contar cenas dela e de um gajo com quem está a ponderar ter alguma coisa que dure mais do que algumas hora. Um dos motivos para ser a minha melhor amiga é que somos muito parecidos em muitas coisas, pelo que os conselhos que damos um ao outro não são verdadeiros conselhos mas antes a verbalização do que outro já sabe.
Daí, o relevante não ser isto.

O relevante, para mim, é o seguinte:
Quando questionado disse isto: Pá, podes fazer duas coisas: ou pensas que gostar chega e é que se foda, bora com isso, ou ponderas tudo que envolve uma coisa dessas, caso em que não vou deixar que escolhas o que ponderar só por ser mais fixe.
Uma outra amiga disse quase o contrário mas exactamente o contrário do que disse ser o caminho a seguir: racionalizou as variantes menos agradáveis e agarrou-se às coisas boas.

Não, não. Isso é que não.
Não vale sempre a pena, que é o contrário do que ela disse; vale a pena ir se se sabe que só o gostar, naquele momento, chega; vale a pena ir se se gostar o suficiente para pensar depois no que tiver de se pensar; vale a pena ir se se entender que a base de tudo chega para ser um início.
Não vale a pena se se procura os problemas ao mesmo tempo que se finge não existirem; não vale a pena justificar para aliviar uma consciência que, depois, encontra um peso com que contava mas ignorou e fingindo surpresa.

Em suma, para mim:
Escolhe! Vai se chega, fica se só não queres ver.
Em suma, para ela:
Vale sempre a pena. Temos de dar uma oportunidade às relações!

E agora, a puta da loucura!
Como conheço muito bem quem estava a dar conselhos perguntei-lhe há quanto tempo não tinha uma relação e se ela não achava que estava na altura de dar uma oportunidade (sabia a resposta às duas); não seria altura de ela se apaixonar se se desse o caso, sem mais considerandos (também sabia a resposta).

Ora, ela não tem relação nenhuma desde que a conheço, o que bate numa década, acho;
Ela não acha, e isto foi verbalizado, que uma pessoa se possa apaixonar em idade adulta como se apaixonaria na adolescência...mas vai em frente, acredita porque pode dar certo!!!

Eu, que sou cínico, não acho anda disto.
Eu, que sou cínico, sei que não há um prazo de validade para nos apaixonarmos e não preciso que isto se seja provado: Sei.

O que tem de se decidir é se se vai ou se se fica, pelos motivos certos ou pelos motivos que conhecemos nas condições em que estamos.
Escolher ponderar e ponderar, apenas, o que dá jeito é só estúpido.

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