Tuesday, February 09, 2016

Só Parece Igual II

Pensar na mudança como drástica só porque visível pode revelar-se um erro.
É fácil encarar-se uma mudança de emprego ou de relação ou de casa ou de carro ou deste tipo de coisas visíveis como uma alteração fundamental. Pode, até, pensar-se ser isto que ocorre quando uma gaja mete mamas ou quando um gajo altera o nariz.
Todas estas coisas são, realmente, alterações mas não necessariamente mudanças.

Muitas das vezes estas rupturas servem para nos levar de encontro ao que queremos ou ao que somos ou ao que pensamos ser mas não são mudanças tão radicais como parecem.

Coisas muito mais pequenas reflectem, de facto, mudança.
Condescender ou aceitar ou mudar a perspectiva parece muito mais corriqueiro e menos agressivo mas nem sempre assim pode ser entendido.
Muda-se por dentro, não por fora. E esta mudança não se vê e, por vezes, nem se sente mas quando se sente dói um bocado.

Odeio mudanças de todo o tipo e só as encaro quando não consigo evitar ou quando acho que merecem ser feitas (isto quando consigo, claro).
Ora, esta coisa de trocar de pele tem custos, umas vezes temporários e outras perenes mas de comum (entre transitórios e eternos) têm o facto de fragilizar enquanto duram; é como passar de um galho para o outro, se formos um macaco ou o tarzan: há um momento em que não estamos seguros em nenhum deles e esse momento não é fixe.

Deambulações e parvoíces, eu sei.

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