Panamá e os Comunistas
Esta história dos Panama Pappers faz-me lembrar o corno que só se interessa e fica chocado por o ser quando confrontado com o facto ao vivo e a cores.
Nada do que se descobriu é novo ou inesperado mas, concedo, quando se conhecem as pessoas a coisa parece ter um maior impacto, impacto que, de facto, não tem.
O que é verdadeiramente espantoso é isto: é claro que fugir aos impostos (legal ou ilegalmente) é maus e choca que quem mais tenha para contribuir sejam as mesmas pessoas que escapam ao seu contributo (quantos de nós não faríamos o mesmo?! Muitos, se não todos...) mas o pior destas coisas não é o Vilarinho mas os traficantes de armas e drogas desta vida, aqueles a quem estes Panamás dão mais jeito...e entre eles se encontram agências de espionagem de países respeitosos.
Não perderei tempo com o tempo gasto nos noticiários com assuntos menores só porque mais apelativos. A saga do cabelo do Renato Sanches chegou-me...
Para o efeito disto, Os Comunistas.
Fico sempre de cara à banda com estes revolucionários de tempos idos que mesmo nesses tempos idos nunca o foram.
Lembro-me da guerra contra o off-shore da Madeira (não tenho simpatia pelo arquipélago, diga-se) porque era uma vergonha. O resultado é que quem de lá saiu foi para umas milhas ao lado alugar outra caixa postal para fazer o mesmo.
Perda de receita sem nenhum proveito.
Agora, à pala da notícia, voltam a perorar contra os off-shores e apresentar moções e cenas.
Vamos lá ver: estarão os Comunistas errados quanto à necessidade de erradicação destes antros? Simplificando o que não o é, direi que sim mas o problema é a desconexão com a realidade.
Seremos nós a formiga que vai dizer ao elefante esta cidade não é suficientemente grande para os dois? Seremos nós o D. Quixote?
Estes gajos - como tanta gente que conheço - têm uma visão desfigurada da importância que lhes é dispensada.
Cansa-me muito esta gente...
Não fosse a Joana Amaral Dias (e já foi mais...) e preferia que fossem proibidos.
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