Thursday, July 07, 2016

Na Senda das Costas dos Outros...

Ainda que nem sempre bem sucedido, especialmente quando irritado, tenho tentado ser menos crítico com os traumas dos outros. Quando os compreendo, não é difícil; quando não os compreendo...bem, é mais.

Este esforço concerne um outra que é o de não me tomar como a medida de todas as coisas. 
É verdade que temos sempre de ter termos de comparação para conseguirmos aferir não apenas a normalidade mas o eventualmente exigível e eu não sou um bom termo de comparação.

Lembrei-me disto, agora em específico, porque:
Hoje não me apetecia almoçar sozinho mas (coisa mais forte que eu) fui na mesma.
Esta decisão, e outras que tais, não são, em essência, a falta de vontade de chatear os outros com as minhas merdas, ainda que também sejam. 
Esta decisão, e outras que tais, são um misto de:
1. Tenho de aguentar tudo sozinho porque, obviamente, nascemos e morremos sozinhos;
2. Não tolerarei uma resposta negativa caso verbalize o que quero e, se a receber, vai dar merda da grossa.

Quanto ao ponto 2, a repercussão nunca é particularmente agradável quando o meu humor não melhora rapidamente:
Ou o meu humor não melhora e paga quem aparecer;
Ou acho que a(s) pessoa(s) deveria(m) ter adivinhado que não me apetecia almoçar sozinho.

Ser super independente é sexy mas, de vez em quando, um gajo fode-se.

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