Para Ocupar Os Dedos
Hoje, enquanto falava da futura final do Europeu, levei uma banhada de lugares comuns.
Espaço entre linhas, dinâmica, não é como começa é como acaba, fazer o nosso jogo, damo-nos melhor com jogos grandes... e tudo isto porquê? Porque disse que, provavelmente, o melhor seria Portugal jogar com 2 trincos contra o meio-campo francês.
O problema destes lugares comuns são vários mas, resumindo:
Ontem, ouvi que Portugal não ganha à França há mais de 40 anos. Será de pensar que contra equipas pequenas - Islândia, por exemplo - estaremos 50 anos sem ganhar?
Não. Não quer. Quer só dizer que se repetem baboseiras sem pensar nelas.
Por causa dos 2 trincos, o problema é que revela pouca confiança e medo.
Pá. Não. Revela que a realidade existe.
O Mourinho, quando foi a Barcelona com o Inter, a dada altura tinha o Eto´o a jogar a lateral esquerdo. Porque o Mourinho é medricas? Não. Porque é realista.
....mas não.
Repare-se nisto: Portugal viu-se fodido para empatar com a Islândia; a França chapou-os com 5 e não deu mais por ter decidido - e bem - descansar.
Isso não tem nada que ver?!
Say what?! Ok. Um joga na fase de grupos e nos quartos-de-final não é a mesma coisa mas não é diferente ao ponto de não tem nada a ver!.
Pode Portugal ganhar? Pode.
Pode a dupla William Carvalho - Adrien Silva sobrepor-se à dupla Pogba - Payet? Pode.
É provável algum dos cenários que precedem? Não.Não é.
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Estas banalidades são fortemente apoiadas e, até, baseadas no que se vê nas televisões.
Ouvem-se comentadores, políticos e (no caso Americano em curso) candidatos a falarem horas sem dizer nada!
O Marcelo Rebelo de Sousa, excluindo a intriguinha, não era nem é assim tão diferente.
Depois, torna-se supostamente aceitável ouvir tempos infinitos de inanidades e de uso indevido de ar.
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Há uma cena para a caridade que está a rolar por aqui.
A ideia, desta vez, é vender as cenas cuja receita reverte para a organização.
(vamos esquecer, por um momento, que não gosto nadinha de dar dinheiro...)
O que aconteceu é que se deu um caso de vergonha. Quer isto dizer que as pessoas se sentiram mal ao dizer que não iriam vender cenas por ser para a caridade.
Não desconsidero o facto de que muita da caridade resulta da vergonha de se não dar e não da vontade, pura e dura, de colaborar.
Não surgirá como surpresa que a quantidade que veio para mim ou será distribuída ou devolvida.
Não tenho orgulho de não participar. Não tenho vergonha de não participar. Pela culpa não me levam e o meu jeito e vontade de ser comercial é zero!
Ainda não decidi se vou comprar, ainda que possivelmente o faça, mas vender? Esqueçam!
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