Tuesday, December 27, 2016

Tormenta I Ultrapassada!

Provavelmente por não estar tanto tempo com os meus como costumava estar, o Jantar de Natal passou mais rápido e foi mais agradável.
Poderão pensar que sou uma besta por fazer parecer que este Jantar me pesa e não me importo. Pesa mesmo.

Não tenho paciência para que me seja imposto amor fraternal ou coisa que o valha;
Não tenho paciência para que me seja imposto um Jantar que não me apeteça;
Não tenho paciência para ter de ter mais paciência por ser Natal.
Não tenho paciência e não tolero.

Não gosto de ter de comprar um qualquer doce específico;
Não gosto de ter de comprar um qualquer presente;
Não gosto de ter de ficar a empatar à mesa quando quero fazer outra coisa.
Não gosto e não faço.

Então, se não toleras e não fazes, qual o problema?
Bem, o problema é que, de facto, tolero e, de facto, faço.
A minha independência curva-se perante a necessidade de não deixar triste quem não quero deixar triste sob quase todas as circunstâncias.

Há uns dias, em conversa com o meu amigo que é tão ou menos materialista que eu, estava a perguntar se ele ia dar presentes à filha e, naturalmente, ele respondeu-me que sim.
Quando, provavelmente, esperaria que lhe chamasse hipócrita (e ele estava um bocado envergonhado por vergar) disse-lhe:
Oh, J, caga nisso. Os teus princípios têm de ceder perante a possibilidade de a tua filha, que ainda não pode entender o que é consumismo ou materialismo, ficar triste e sentir-se pouco querida.
Há-de chegar o dia em que ela percebe mas, agora, o que vai acontecer é que os Pais dos outros meninos gostam mais deles do que tu e isso, nesta fase, é o mesmo que ser verdade.
Dá-lhe presentes e fica feliz com isso.

Eu não tenho filhos mas o que lhe disse aplica-se a mim.
Compro 1 presente de Natal.
Pergunto a 1 pessoa o que é preciso levar.
Compareço a isto por causa de 1 pessoa.
Não é que só goste de 1 pessoa mas as outras pessoas, querendo ou não, terão de entender que eu não gosto disto e que eu não colaboro com isto. Não gosto de hipocrisia e não me compadeço com ela...menos para essa 1 pessoa.
Aí, dentro de limites muito largos, que se fodam os princípios e não me pesa mandá-los foder.

Mas...

Amanhã conto contigo para o almoço, certo?
- Bem...se quiseres que eu venha, eu venho mas não estava a pensar nisso.
Não, K. Queres descansar, não é?
- Não, não preciso de descansar. Mas também não preciso de vir almoçar. Quero ver televisão e esperar que as renas vão prá puta que as pariu (não disse prá putas que as pariu porque não digo palavrões mas já não sei que termos usei).
Tá bem. 

Não ficou contente mas percebeu que já tinha feito muito.
Não fiz demais. Faria muito e muito mais mas, realmente, fiz bastante.

...e dia 25.12 o meu telefone quase não tocou e dia 25.12 vi Sons of Anarchy desde que acordei até que me deitei.
...e, por isso, quero isto:

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