Monday, August 27, 2018

"Estás muito calado!" e BOPE

"Estás muito calado!"

Este domingo, tive o aniversário de uma das minhas amigas e tive de comparecer. Este tive poderá parecer que compareci com custo e foi um bocado. Eu não gosto de pôr o nariz fora de casa domingo.

Ouvi muitas vezes Estás muito calado e isto fez-me alguma confusão. 
Não é que não estivesse, de facto, bastante tempo calado mas eu não sou de falar muito. Pode dar-se o caso de falar um bom bocado mas para isso terá de aparecer um assunto que me interesse, o que não é tão comum assim.

De qualquer maneira, neste tipo de circunstâncias junta-se a fome com a vontade de comer no que se refere à minha socialização.
Há demasiada gente - o que, para mim, será tudo o que exceda umas 4 - para se conseguir falar do que quer que seja. Confusão atordoa-me e, por isso, costumo optar por desligar da corrente.
Depois, a maioria das pessoas é desinteressante ou tem interesses que não são os meus (uma das pessoas, a dado momento, mostrou-se triste porque uma gaivota tinha tombado um pombo porque ao menos, o pombo podia dar cabo da gaivota, também!. Este desconhecimento da natureza predador - presa incomoda-me um bocado...por isso disse sim, também deves ficar triste quando o cervo não dá na boca do leão! e depois senti-me estúpido porque...para quê?!).

Não tenho muita vontade de falar para encher ar, nunca tive.
Admito, no entanto, que talvez esteja a ficar pior com o passar dos anos.

Ajuntamentos chateiam-me.
É provável que quando me embebedava com frequência tudo fosse mais simples mas, agora, bebo pouco ou quase nada. E não lhe sinto a falta.

Se as circunstâncias da minha vida mudarem - o que é o mesmo que dizer se algum dia voltar a ter de sacar gajas - talvez volte a ser mais sociável, às expensas do meu fígado.

BOPE

Ok, K. Temos 10 casas para ver.
- Pá...tendo em conta a distância entre elas e o tempo que demora cada uma, não será demasiado ambicioso?!
Não faz mal. Vê-se as que se conseguirem ver.

Pois...não.
Missão dada é missão cumprida, companheiro como disse, e bem, o Capitão Nascimento.

Não existe a ideia de faz-se o que se conseguir. Não reconheço a expressão. Se se define que é para fazer uma coisa é essa coisa que se faz. Não é um bocado dessa coisa
Ela não tem culpa. Ela tem boa intenção.
Eu sou um outro tipo de animal.

Infelizmente, não consigo tudo a que me proponho mas isso nunca é por ter tentado. Eu não tento. Eu faço. 
Poderão vocês pensar que é a mesma coisa e, em certa medida ou em termos literais, até é mas o estado de espírito é um outro.

Não tento fazer o meu melhor, Eu tento o melhor.
Posso falhar. Já falhei. Falharei novamente. Mas nunca me sai da boca vou fazer o que conseguir....

Neste caso, fez-se tudo. 
Por questões de saúde, devo comer de X em X horas mas isso iria roubar tempo e poderia fazer perigar o objectivo.
K, não tens de comer?
- Nop. Não tenho fome.
E não era, necessariamente, mentira. Comida não estava na minha cabeça. Os meus olhos só vêm Meta.
Mesmo água, fui buscar quando Ela pediu porque, para mim, isso era perder tempo e não a pediria para mim.

Ah, K, mas assim acabas por tombar poderão dizer.
É certo.
Já aconteceu.

Acontecerá novamente, se for preciso.
Missão dada é missão cumprida, companheiro.

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