Monday, August 21, 2006

Flexibilidade

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"Pouco me interessa como o mundo olha para o céu e para a sua cor, os meus olhos são meus e pouco dados a uniformidade"
Não sou seguidor do adágio "diz-me com quem andas dir-te-ei quem és".
Não que o ache falso em absoluto, o que acho é que dependendo do EU ele perde força.
Tenho amigos de todas as formas e feitios (não que sejam muitos, no entanto são diversificados).
Tenho desde o mais tótó ao mais radical, do mais neuronalmente deficitário ao mais brilhante, do mais compreensivo ao mais infléxivel e do mais púdico aos mais lascivo.
Todos são meus amigos e todos me acrescentam alguma coisa.
Não acho que um tipo burro seja má pessoa só porque é burro e nem um tipo direitinho seja insuportável porque é todo ajuízado.
Exigo sinceridade e carácter, nada mais que isso.
Aliás, não me importo que um amigo meu seja falso para 100000000000 de pessoas desde que não seja comigo. Com o mal dos outros posso eu bem.
Estou longe (muito) de ser um exemplo a qualquer nível, aceito-me e gosto de mim (muito eheheh) mas sei, porque não sou cego, que muitas das coisas que vivem dentro de mim são nefastas e sem qualquer possibilidade de serem admiradas.
O que quer tudo isto dizer?
Bem, que o "diz-me com quem andas dir-te-ei quem és" está intimamente ligado com a capacidade, ou falta dela, de o próprio se definir, de saber qual o seu caminho e, a trechos, não ter qualquer problema em fazer parte da caminhada com quem pouco ou nada tem em comum.
Eu não perco o meu horizonte de vista e nem o confundo com outros.
Gosto da diversidade, gosto de gente (alguma) e gosto de sair do casulo, ainda que seja apenas para observar.

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