Friday, December 08, 2006

À Espreita



Não sei se todos têm, mas eu tenho os meus demónios.
Não se trata daquele cliché básico e batido da batalha entre o bem e o mal dentro de mim.
Logo para matar essa corrente sem imaginação, eu não acredito no bem nem no mal, acredito, isso sim, num resultado bom ou mau.
Nunca percebi a utilidade de um mal maior com a desculpa de que fui bem intencionado ou fiz o que achava que estava certo.
Por exemplo, se para salvar 50 pessoas se tivesse de matar uma eu nem hesito no que haveria de ser feito... é um dilema demagógico e falacioso.
É pra salvar 50? Mata uma...parece-me perfeitamente aceitável.
Pode-se perguntar: E se fosses tu o tipo a matar? Acharias bem?
Naturalmente que não, no entanto, as decisões emocionais são tão fiáveis como um tipo casado cheio de tesão que tem à frente a Monica Bellucci nua... não deveria prevaricar....mas....
Eu conheço os meus demónios e não lhes quero mal, são-me extremamente úteis quando o tempo é apropriado.
A minha única preocupação é que seja Eu a domá-los e não eles a mim.
Pra isso, optei por lhes dizer bom dia sempre ao invés de os ignorar e ser, um dia qualquer, apanhado de surpresa.
Não me importo de conhecer o mal em mim da mesma forma como não me importo de conhecer o bem.
Agora, ter uma visão unilateral e forçada de que tenho de ser fiel a um dos dois dispenso.
Não tenho a intenção de ser permanentemente branco nem permanentemente negro.
O que quero é ter a possibilidade de mudar, uma vez ou outra, de traje, conforme a situação o exija.

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